O ex-juiz federal Flávio Dino, governador do Maranhão, e uma das maiores lideranças da safra de governadores eleitos em 2014, é contrário a PEC 55 que propõe congelar os gastos da União por 20 anos, que tramita no Senado Federal.

Nesta terça-feira (22), na reunião do Fórum de governadores, ele vai apresentar alternativas à Proposta de Emenda à Constituição, caso da taxação de fortunas, heranças e aplicações financeiras.

Dessa forma, Flávio Dino tenta mobilizar politicamente os governadores. E isso é possível porque o Maranhão, além de participar do Fórum dos governadores do Nordeste, também tem cadeira no da Amazônia e no do Brasil Central, dada a sua localização geográfica.

Segundo Flávio Dino, outros governadores defendem tais alternativas, que representam uma forma manter e ampliar os serviços públicos e proteger os mais carentes. “Um país como o nosso, com tantas carências, precisa é ampliar suas políticas públicas, não reduzi-las", defende Flávio Dino.

No entanto, é improvável que venha a obter êxito. O governo do mordomo de filme de terror, o presidente Michel Temer (PMDB), foi alçado ao poder com o apoio da ampla maioria dos especuladores financeiros, bancos, federações de indústrias e da classe política.

Portanto, daqueles que não vão aceitar serem taxados, os do andar de cima. Afinal de contas, o Brasil é um dos poucos países do mundo a conceder isenção tributária total a lucros e dividendos.

E esse é o papel a ser desempenhado pelo diretor e principal ator do filme de terror em exibição. Um dos exemplos é o início do esvaziamento do Banco do Brasil, fundamental para o desenvolvimento brasileiro, especialmente em um momento de grave crise.

Fechar 400 agências e demitir até 18 mil funcionários é o pagamento pelo apoio recebido: ceder uma fatia do mercado bancário aos bancos privados.

Assim como tem feito com a Petrobras e vai fazer muito mais com todas as empresas públicas fomentadoras da cadeia produtiva brasileira.

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