E se a Netflix ou HBO adaptar uma série sobre o Cangaço?

22/11/2016 16:32 - Bruno Levy
Por redação
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Diante da vindoura inédita série de TV totalmente nacional da Netflix, chamada de “3%” e que estreia no dia 25 de novembro na plataforma streaming, percebe-se que as grandes empresas no país abriram os olhos para este mercado que resulta em rios de dinheiro para a produtora. Não é a toa que a Globo abriu os olhos e disponibilizou parte do horário para séries nacionais como Supermax, Justiça, Dupla Identidade e outros.

Mesmo assim, de dez séries produzidas no país, duas ou três se salvam no limite, pois não conseguem prender o público, não importa se esse público gosta ou não do conteúdo nacional. O Brasil tem um acervo infinito de possibilidades para séries de TV, mas preferem fazer uma da “Bruna Surfistinha”, chamada de “#MeChamaDeBruna”, como se já não houvesse um filme da grande “celebridade” brasileira.

Pensando nisso, tive uma ideia que pode parecer louca, querido leitor, mas que pode render uma história incrível, passiva de prêmios se bem feita. Imagina que, bem aos moldes da HBO ou da Netflix, fosse adaptada uma série do Cangaço? Sim, uma adaptação de uma das histórias mais enigmáticas do mais conhecido anti-herói brasileiro, Virgulino Ferreira da Silva.

Seria ele um criminoso? Um herói? Sendo esse o viés da série. Deixando o público atento aos detalhes e a rica história de um dos acontecimentos mais incríveis do nordeste brasileiro.

 

Lampião e Maria Bonita (Foto: Registro histórico)

 

Imagina apresentar a série de modo sombrio, sem necessariamente um narrador para explicar a história a todo o momento como foi em “Narcos”, mas que fosse usado sem excesso em partes importantes da trama, já que a complexidade é algo presente na história do Cangaço.

Apresentar Virgulino e seu bando agindo nas décadas de 20 e 30 em quase todos os estados do nordeste do país, um cenário em meio à caatinga, da guerra com os Volantes (grupo criado para combater o cangaço), contra os coronelistas, contra a fome, a pobreza, a brutalidade, a decisão de Getúlio Vargas, no Estado Novo, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional, a morte e o desfile com a cabeça de Virgulino Ferreira.

Seria incrível, não? Não acha que seria? Comente e vamos discutir sobre o assunto.

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