O julgamento da Operação Taturana que seria retomado nesta quinta-feira (29), após o pedido de vistas do desembargador Fernando Tourinho, foi remarcado para o dia 03 de novembro. O desembargador alegou que não foi possível retomar o julgamento na tarde de ontem (29), devido à complexidade do processo que tem 14 mil páginas.

Segundo a assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), o despacho do desembargador Tourinho alega que não será possível realizar o julgamento no mês de outubro, pois ele estará gozando as férias, mas que determina a inclusão do feito na pauta do julgamento no dia 03, conforme foi acordado com os demais integrantes.

Para a nova data, Tourinho informou que estará habilitado a proferir o juízo de valor acerca de todas as pretensões discutidas e que sejam suficientemente necessárias ao encerramento dos recursos.

Na lista dos que apelaram ao TJ estão os deputados federais Arthur Lira, Paulão e Cícero Almeida (os dois últimos candidatos a prefeito de Maceió); o deputado estadual João Beltrão; os ex-deputados estaduais Maria José Vianna, Nelito Gomes de Barros, Adalberto Cavalcante e Celso Luiz (prefeito afastado de Canapi) e Cícero Amélio, hoje conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AL).

Caso o julgamento e a condenação fossem mantidos, as candidaturas de Almeida e Paulão ficariam na berlinda, já que ambos poderiam ficar inelegíveis por oito anos, com base na Lei da Ficha Limpa.

O caso

A Operação Taturana, deflagrada em 2007, desbaratou um esquema envolvendo a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Segundo apurações da Polícia Federal e denúncias Ministério Público, os acusados tomavam empréstimos pessoais junto a financeiras que eram pagos com verbas de gabinetes ou pela Mesa Diretora. Estima-se que R$ 300 milhões foram desviados dos cofres públicos com o esquema.

*Com Ascom TJ