Rosiane Rodrigues do Rio Janeiro, que é pesquisadora do  Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC) , escreve:

 

“O que fazem com as crianças sírias nesta guerra insana e abjeta é chocante. Realmente, não dá para não se revoltar. No entanto, o que eu não entendo é o fato da tragédia infantil só causar desassossego quando é distante.

Há crianças famintas e sem certidão de nascimento no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, Manaus, Maceió...

 Essas crianças também lutam para sobreviver a uma guerra - travada pelo estado, com a cumplicidade da sociedade. A diferença é que as nossas crianças não têm para onde migrar, não viram capa de jornal internacional; muitas, sequer tiveram um brinquedo, um banco escolar, um lugar para chamar de seu... Elas têm uma cor, sabe? É que neste lugar aqui (como em quase todo o mundo) não é possível fugir da cor da pele, e os que tentam refúgio, fugindo desta nossa guerra cotidiana, acabam mortas. São 82 por dia. É possível que seja mais.

Você se importa?”

Fonte: https://www.facebook.com/rosiane.rodrigues.330?hc_ref=NEWSFEED&fref=nf