Na tarde desta quinta-feira (18), o Ministério Público Estadual de Alagoas está ouvindo as pessoas que tiveram seus nomes envolvidos no esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Canapi, no Sertão Alagoano. Até o início da tarde, foram prestados 11 termos de declaração e todos negaram ter alugado veículos ao Município. O MPE estima um prejuízo, entre janeiro de 2015 a fevereiro de 2016, de mais de R$ 10 milhões.

Coordenados pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público esta é uma continuação das investigações que tiveram início em 15 de abril deste ano e motivaram a ação cautelar preparatória de ação civil de responsabilidade por atos de improbidade administrativa, ajuizada em junho último.

Todas as pessoas que prestaram depoimentos aparecem em supostos contratos firmados com a Prefeitura de Canapi. Apesar de alguns desses documentos existirem de fato, todos têm indícios de ser falsos, haja vista que os contratados jamais foram donos dos caminhões que aparecem como se tivessem prestado serviço de abastecimento de água por meio de carros-pipas.

As pessoas, que não tiveram seus nomes divulgados, garantiram que jamais receberam os valores previstos nos contratos, o que confirma a tese do Ministério Público de se tratam de vítimas do esquema montado pelo prefeito afastado Celso Luiz.

O vice-prefeito da cidade será ouvido ainda nesta tarde. Os depoimentos estão sendo colhidos por José Carlos Castro, Napoleão Amaral Franco, Karla Padilha e Anderson Cláudio de Almeida, todos promotores do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público.