Acusado de ter assassinado sua companheira Stephanie Rodrigues da Silva, em março de 2015, o réu Ruddy Hellen Honorato da Silva, está sendo julgado, nesta segunda-feira, dia 15, no Fórum da Capital.
Informações dão conta de que no momento do crime a Stephanie estava em sua residência, no sítio São Jorge com os dois filhos de 3 e 4 anos quando Silva chegou. Os dois haviam se desentendido uma noite antes do crime e o acusado a teria ameaçado numa rede social.
Ruddy à época confessou o crime e disse que a vítima o teria ameaçado com uma faca e ele, para se defender a teria atingido mortalmente com mais de 20 facadas.
Informações da polícia revelam que o acusado já havido sido preso anteriormente acusado de ter agredido a vítima.
O Julgamento que é presidido pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor está inserido na programa da quinta etapa da Campanha Justiça pela Paz em Casa, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Estão pautadas 160 audiências de processos envolvendo violência doméstica, sendo 100 em Maceió e 60 em Arapiraca. A ação prossegue até sexta-feira (19).
À frente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento destacou que o objetivo da força-tarefa é acelerar o julgamento de processos em que mulheres sofrem qualquer tipo de violência.
Uma das vítimas presentes no mutirão enfatizou a importância de as mulheres tomarem a iniciativa de denunciar os agressores e lutar pelos seus direitos. "Convivi dois anos em uma relação doente, onde apanhei inúmeras vezes e fui ameaçada até de morte. Ele me batia na frente de nosso filho, não aguentava mais. É importante que todas as mulheres criem coragem e façam o mesmo", contou Maria.
Também vítima de agressão doméstica, Patrícia compareceu ao Juizado. Ela foi agredida pelo ex-companheiro em 2014 e resolveu procurar a Justiça. "Sofri uma agressão física. A gente vivia bem, mas isso aconteceu quando decidi me separar. Depois de um tempo, arrumei alguém e, ao saber, ele me agrediu física e verbalmente. Ele me mordeu, bateu minha cabeça na parede, fui à polícia e decidi procurar meus direitos na Justiça", relatou.
Com Ascom TJ/AL