Tá de volta!

A citação do delator da Lava Jato, Sérgio Machado, ao ex-governador Teotonio Vilela Filho fez o tucano emergir do ostracismo político em que se mantém, desde que deixou o cargo em dezembro de 2014. Téo ressurgiu da pior forma, sendo acusado de montar, junto com o senador mineiro Aécio Neves, um esquema de distribuição de propinas para garantir a reeleição de 50 deputados da base do governo FHC em 1998. O ex-senador e ex-presidente nacional do PSDB repudiou as declarações de Machado e disse estar interessado no esclarecimento dos fatos, exaltando a ética, transparência e compromisso público. O alagoano está de olho!

Também festeja

O prefeito Rui Palmeira resolveu lançar mão da estratégia de showmício oficial adotada pelo governador Renan Filho nas ações do governo em favor de Cícero Almeida. Rui contou com o apoio do presidente da Câmara Kelmann Vieira para levar uma banda e fazer barulho na inauguração de duas ruas no Cambuci nesta sexta (17). A atração seria a banda Amoda, com efeitos sonoros de uma ameba. Enfim, é uma prova de que o candidato reeleição tem gosto musical tão duvidoso quanto o do adversário Ciço. Tá certo que a campanha será curta, mas não abusem!

Dormilantes

Não foi a única a causar espanto na edição de junho da revista Piauí, a revelação do senador cassado Delcídio Amaral de que teria obtido aval da ex-senadora Heloísa Helena (que nega) para evitar que Lula e seu filho Lulinha fossem incluídos no relatório final da CPI dos Correios como integrantes do mensalão. Sua esposa, Maika do Amaral, também disse à revista que Renan Calheiros escalou o lobista da CBF Vandemberg Machado como “amarra cachorro”, para lhe oferecer morada e monitorar seus passos na tentativa de descobrir e minar a delação que incendiou o escândalo do petrolão. “Ele o Renan queriam me vigiar”, disse Maika. Os vigias dormiram.

Chumbetagem

O prefeito de Anadia, Paulo Dâmaso, é exemplo de gestor público alagoano que vive a plena juventude política, com mentalidade velha e carcomida diante de críticas. Se irritou ao ser questionado sobre o controverso contrato de meio milhão de reais para “manutenção de redes sociais” da Prefeitura, neste ano em que disputa reeleição. Foi grosseiro ao defender a reserva de despesa para ser gasto em até um ano, em plena crise: “Vamos melhorar, minha gente! Vocês não têm o que fazer não, é? Quem citou meu nome não está preparado para ocupar cargo algum... Nem chumbeta de chumbeta”. Dâmaso mostrou a essência da chumbetagem, ao esquecer o essencial na democracia: respeito ao povo e ao dinheiro público.

Fim da mamata

Está por um triz a benevolência tradicional com os “bem nascidos” de Maceió que recebem fartos salários na Câmara de Vereadores. O MP Estadual já pediu a exoneração de sete procuradores do Legislativo Municipal que não comprovaram a legalidade da ascensão ao pomposo cargo. Mas a varredura não deve parar por aí. O MP espera relatório do Tribunal de Contas do Estado para avançar contra outros ocupantes de cargos distribuídos graciosamente aos amigos dos podres poderes da capital alagoana.

Forçando a Barra!

O prefeito interino de Barra de Santo Antônio, Carlos Alexandre Lins, coleciona flagrantes de antecipação de campanha eleitoral. No cargo há quase três meses, o vice que substituiu a vaga deixada pelo prefeito afastado Rogério Farias vem usando o poder do cargo, ações de governo e prédios públicos para reunir servidores e eleitores e apelar por “mais tempo para fazer muito mais pelo povo da Barra”.

Entenderam?

Na comunidade de Santa Rosa, foi filmado discursando na carroceria de uma caminhonete e prometeu inaugurar escola, posto de saúde, ambulância e creche, “em junho de 2017”. E condicionou o cumprimento da promessa: “Se vocês assim quiserem que eu continue sendo prefeito. Me ajudem a continuar!”. O povo entendeu. E o MP e a Justiça Eleitoral também precisam compreender o rapaz.