Luiz Roberto Lima, ativista negro brasileiro morador em Nova York, fala:

Após 8 meses em Nova York, meus dedos já não coçam mais o gatilho que estava pronto para disparar contra o preconceito cotidiano. 
Estou menos "sangue no zóio". Desarmo-me cada vez mais. 
O peso nos ombros de ser negro no Brasil, de alguma maneira vem transformando, e o fardo já é bem mais leve.
A cor retinta que denotava indiferença, agora me inclui.
Ser negro em um bairro afro-americano, não camufla, me empodera.
Olhos para todos os lados e lá estou.
Estou estampado em outdoors, nas embalagens de comidas, brinquedos e produtos de beleza; nas revistas, nas propagandas dos carros, na gerente do banco, nas filas dos mercados, nos shoppings e restaurantes, nas crianças que vão para a escola, nos apresentadores das TVs, na igualdade de tratamento, enfim...
Estou em todos os lugares