Após quase um ano tramitando na Casa de Tavares Bastos, foi aprovado em plenário o Projeto de Lei, de autoria do deputado Rodrigo Cunha (PSDB), que estabelece critérios para indicação e concessão de títulos de Cidadão Honorário de Alagoas.

Na justificativa, o parlamentar diz que a matéria busca evitar a distribuição leviana dos títulos, o que pode levar ao descrédito e a desqualificação da homenagem.

Agora, o candidato a cidadão honorário precisa atender os seguintes requisitos: não ter nascido em Alagoas; residir ou ter residido no Estado por período superior a três anos; ter praticado atos de relevante interesse social para a população alagoana; ser de notório reconhecimento público e, a nosso ver, o principal: possuir idoneidade moral e reputação ilibada.

A matéria, que segue para sanção do governador, também veda a concessão do título a detentores de mandato eletivo, ocupantes de cargos comissionados na administração pública, e a concessão da homenagem no período entre 90 dias antes e 90 dias depois das eleições.

Vai ficar muita gente na peneira, mas, em compensação, a homenagem ganha mérito ao deixar de ser – em alguns casos, obviamente - um mero e vazio afago político.

Em suas redes sociais, Cunha resumiu a intenção da lei, com uma pergunta: “Vocês iriam se sentir prestigiados se recebessem um título que todo mundo poderia receber?”.