A Justiça de Alagoas manteve a sentença de pronúncia contra André Leonídio dos Santos, acusado de matar Maria Aparecida Silva Nascimento, sua ex-esposa, asfixiada com uma camisa, no dia 28 de fevereiro de 2014, em São Miguel dos Milagres.
“Levando em consideração os depoimentos das testemunhas, os quais, inclusive, foram colhidos em Juízo, avalio que o decisum não deve ser reformado, pois, assim como o juiz singular, entendo que, ao menos neste momento processual, os elementos probatórios dos autos são suficientes para amparar a decisão de pronúncia em todos os seus termos”, afirmou o relator do processo, desembargador Otávio Leão Praxedes.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), o acusado teria ido até a residência da vítima, localizada no bairro Grota da Raposa, para uma conversa. Ao chegar no local, André não encontrou sua ex-companheira e avisou ao filho dela que esperaria por ela. A criança deixou o réu na sala e subiu para seu quarto.
Por volta das 4h30 da manhã, o filho foi até o quarto de Maria Aparecida e a encontrou sem vida, com uma camisa de bloco enroscada em seu pescoço e seus pés e mãos amarrados. Ainda segundo os autos, a motivação do crime seria ciúmes já que a vítima estava namorando outra pessoa. O acusado manteve um relacionamento com Maria Aparecida por 7 anos e já havia tentado matá-la colocando veneno de rato em sua comida.
André Leonídio foi pronunciado por homicídio qualificado, por ter utilizado meio cruel (asfixia) e recursos que dificultaram a defesa da vítima. Data do julgamento popular ainda não foi definida.