O juiz John Silas, da 9ª Vara Criminal da Capital, autorizou a realização do exame de comparação balística e no projétil recolhido no corpo do capitão PM Rodrigo Rodrigues, morto durante uma operação no bairro da Santa Amélia no mês passado. O juiz também autorizou que seja realizada a reconstituição da morte.

A decisão foi publicada na edição desta quinta-feira (12) do Diário da Justiça Eletrônico e atende ao pedido realizado pelo promotor do Ministério Público Estadual, José Antônio Malta Marques. Na decisão, o juiz comunica que o Instituto de Criminalística (IC) terá 15 dias para realizar o Exame de Comparação Balística na arma apreendida com Agnaldo Lopes Vasconcelos e no projétil recolhido no corpo do capitão, além de periciar o colete a prova de balas usado pelo militar no dia da operação.

Ele também deferiu o pedido para que seja realizada a reprodução simulada da cena do crime. “Ressalte-se que se o acusado não desejar estar presente em tal reprodução, não se deve conduzi-lo coercitivamente ao local, em respeito ao direito que o réu possui de não produzir provas contra si mesmo. Contudo, para o caso de ausência do acusado na reprodução, nada impede que a autoridade policial realize tal diligência, utilizando-se dos demais recursos disponíveis, tal qual as testemunhas presenciais”, diz um trecho da decisão.

O caso

O capitão Rodrigo Rodrigues foi morto durante uma operação para tentar recuperar um celular roubado no bairro do Poço. Ele foi alvejado por um tiro quando tentou abordar a residência de Agnaldo Lopes, situada no condomínio Jardim Petrópolis.

Segundo a versão da Polícia Militar, Rodrigo teria se identificado como militar ao bater no portão antes de subir o muro para entrar na residência. Agnaldo teria disparado contra o militar, que ainda foi socorrido, mas morreu.

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Agnaldo segue preso no Sistema Prisional e teve a prisão preventiva mantida por decisão da Justiça. Ele foi autuado pelos crimes de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.