Domingo será um dia decisivo para o comando do Brasil. Após passar pela Comissão Especial do impeachment, o processo que pede o afastamento da presidente Dilma chegará ao Congresso para votação entre todos os deputados. Até lá, cresce na Câmara declarações de apoio ao impeachment, e elas chegam por todos os lados: de entidades nacionais a partidos até então ligados à base governista. Lideranças se reuniram esta semana para fazer o levantamento dos votos e a previsão é de 349 deputados favoráveis ao impeachment.

“A presidente descumpriu a Constituição, cometeu crime de responsabilidade, e a consequência é esta crise desmedida no País. Além disso, a presidente Dilma perdeu sua governabilidade e não consegue apontar saídas para a crise” afirmou o deputado federal Pedro Vilela (PSDB AL).

A debandada dos partidos tem sido intensa nas últimas horas. Ontem, o PP decidiu que votará a favor do processo. A bancada do PRB também vai se posicionar favorável. Em Alagoas seis dos nove deputados federais já declararam que apóiam o impeachment.

Segundo Pedro Vilela, a oposição trabalha para convencer os indecisos. “É preciso que os parlamentares entendam o crime cometido pela presidente e não compactue com isso. A cobrança da sociedade é muito importante neste momento. A presidente Dilma já perdeu totalmente a capacidade de superar a crise instalada em nosso País. Agora precisamos ir adiante e avançar cada vez mais”, disse o deputado tucano.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota de apoio ao impeachment. Após ouvir as lideranças e sua base, a instituição considerou que a incapacidade administrativa da presidente afetou diversos setores. “A incapacidade da presidente e do seu governo em solucionar a grave crise econômica que assola o país, com reflexos danosos ao setor transportador brasileiro e empregos”, diz trecho do texto.