O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), assunto que domina as conversas de dez entre dez brasileiros, também repercutiu na sessão desta quinta-feira, 14, na Assembleia Legislativa (ALE).

Primeiro a levantar o tema, Gilvan Barros Filho (PSDB) apresentou uma série de números para demonstrar a estagnação da economia e a redução significativa de investimentos federais em programas sociais, e apelou para que, na hora do voto, os deputados federais pensem especialmente nos feirantes e nos microempresários que fecharam seus negócios ou que ainda resistem à crise econômica.

Entre os dados citados, o parlamentar disse que 284 pessoas são demitidas por hora no Brasil, que tem 10 milhões de desempregados.

“Com esses números, alerto para importância do retorno da economia, da geração de emprego e renda que brasileiro tanto precisa. Infelizmente esses dados assustam... Pela primeira vez na história do País se fala em três anos de recessão, sem contar com 2014. São números realistas que afrontam a população e àqueles que pagam seus impostos e lutam para gerar emprego e renda”.

Em aparte, Bruno Toledo (PROS) classificou o pronunciamento do colega de “histórico” e convidou os alagoanos a participarem “com mais vibração que a Copa do Mundo” da mobilização pró-impeachment no domingo, 17, em frente ao Alagoinhas.

Ele também criticou o governo federal: “As pessoas não têm emprego, saúde, dignidade... Tudo isso graças ao desgoverno que aparelha o Estado. Um governo de companheiros se beneficiando de uma carga tributária altíssima. Um governo incompetente, corrupto e ineficaz”.

Conselho

Também aparteando Gilvan Barros, Francisco Tenório (PMN) disse que o ex-presidente Lula e Dilma “não merecem passar pelo que estão passando” e que, analisando o processo, não encontrou crimes que justifiquem o pedido de impeachment.

Tenório, porém, pontuou que o Brasil não pode continuar com uma presidente que não tem mais condições de governar, porque “não reúne capacidade política para tirar o país par tirar pais do caos econômico” e defendeu que uma nova eleição seria o ideal no momento.

Por fim, o parlamentar disse que, se tivesse chance, aconselharia Dilma a renunciar “para evitar o constrangimento da cassação”.