Servidores e vice-presidente da ALE "se estranham" em audiência no TJ

08/04/2016 17:10 - Vanessa Alencar
Por redação
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Segue tensa a relação entre os servidores efetivos e a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Ainda sobre a frustrada tentativa de conciliação de ontem, 07, para o pagamento de 15% das datas-bases acumuladas, Ernandi Malta, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Legislativo (STPLAL), disse que o vice-presidente, Ronaldo Medeiros (PT), desrespeitou os trabalhadores presentes, chamando-os de “moleques”.

Ele cobrou que o deputado se desculpasse com a categoria e acusou Medeiros de “ameaçar” os servidores com a auditoria na folha de pagamento dos efetivos que está sendo concluída pela FGV.

Em conversa com o blog, o vice-presidente negou as acusações: “Não é do meu vocabulário chamar ninguém de moleque. Ernandi é candidato, levou o pessoal para fazer campanha na audiência e destratou os deputados. Eu disse apenas que eleição não se ganha assim, e fui embora”, contou o parlamentar, se referindo ao fato de Ernandi concorrer novamente à presidência do Sindicato, no pleito marcado para o fim deste mês.

“Não falei nada sobre a auditoria, estou até afastado do processo. Eu disse que a Mesa não tem condições de pagar o que eles querem”, afirmou o deputado. “Eles estão em uma guerra interna que eu não vou entrar”, concluiu, ainda se referindo a eleição para o comando do STPLAL.

Informações do sindicalista e de outros servidores presentes à reunião dão conta que o vice-presidente teria se irritado pelo fato do grupo ter levado para a audiência documentos referentes aos orçamentos da Casa e aos cargos comissionados, com os respectivos salários duplicados pelas Gratificações Por Dedicação Excepcional (GDEs).

Colocando mais lenha na fogueira, a ex-presidente do Sindicato dos Aposentados, Alari Romariz, usou as redes sociais para repetir o que disse na audiência: Se a Mesa tem dinheiro para pagar salário dobrado a mais de 700 assessores, pode pagar os 15% aos ativos e inativos, pois se trata da mesma verba de pessoal. “Não é falta de dinheiro. É aplicação errada do dinheiro público”, alfinetou.

 

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