Os fetos sem vida de mães que tiveram manchas na pele durante a gestação, sinal de suspeita do zika vírus, deverão ser levados ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). A recomendação está no Protocolo de vigilância de microcefalia relacionada à infecção pelo zika vírus e atenção à saúde dos casos notificados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que reuniu técnicos nesta quinta-feira (21) para dialogar sobre os procedimentos a serem adotados.
Tanto o produto de aborto como a placenta das mães que suspeitam ter contraído o zika vírus deverão ser encaminhados pelas maternidades ao SVO, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
“O material deve ser mandado em até 8h e nós devemos comunicar ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). No caso daqueles que nascerem ou morrerem em casa, o natimorto deverá ser encaminhado ir ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos necessários e, em seguida, para o SVO”, explicou o gerente do SVO, João Carlos Araújo.
A secretaria executiva das ações de saúde, Rosimeire Rodrigues, destacou que os encaminhamentos devem acontecer sempre com a autorização de familiar de primeiro grau.
“O objetivo é uma investigação etiológica. Com as amostras, nossos pesquisadores desenvolverão pesquisas a fim de conhecer a causa e a origem da microcefalia, eliminando ou não a suspeita do motivo ter relação com o zika vírus”.
O Protocolo mencionado foi elaborado pela Sesau a partir do “Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo zika vírus” do Ministério da Saúde. Ambos já estão em execução.