Os bebês prematuros requerem um cuidado especial para se desenvolverem durante o período da internação. Principalmente por serem menores, têm a imunidade mais baixa e, consequentemente, são mais suscetíveis a problemas e infecções.
Por conta disso, é preciso realizar tratamentos e eles devem ser submetidos a inúmeros métodos a fim de melhorar a sua recuperação e imunidade. A maioria fica dentro da incubadora e com acesso restrito, a fim de evitar perigos.
Entretanto, estudos recentes comprovam que o cuidado mais humanizado para com a criança promove recuperação mais rápida. Por isso médicos e hospitais estão se adaptando para realizá-lo.
Um novo método está conquistando cada vez mais médicos e pais. Chamado de “canguru”, ele garante assistência ao recém-nascido prematuro com estratégias de
intervenção biopsicossocial. Alguns exercícios são feitos a fim de permitirem que o recém-nascido desenvolva uma autonomia maior.
Como este método funciona?
O método leva este nome porque canguru é uma posição que mantém o recém-nascido em contato com a pele dos pais ou de algum familiar, como o animal que é carregado na bolsa que existe na região da barriga da fêmea. Para isto, a equipe de saúde deve estar atenta e treinada para auxiliar os pais de maneira correta.
Este contato é feito de forma gradativa, assim os pais conseguem se sentir mais à vontade. Primeiro, acontece o toque dos pais no bebê e, depois, eles podem acolhê-lo na posição canguru. Assim, os pais participam de forma mais efetiva nos cuidados neonatais.
Ao todo, são realizadas três etapas. A primeira começa no pré-natal, principalmente quando a gestação é de risco. Os pais, após o parto, devem ter liberdade para ter acesso ao seu filho, conhecer a equipe que está cuidando do recém-nascido e serem encorajados a tocá-lo.
Na segunda, já se aplica a posição canguru. A mãe deve estar presente em praticamente todos os momentos de seu filho, participando efetivamente de suas atividades. Além disso, é preciso segurar, por mais tempo possível, o bebê na posição “canguru”, da maneira confortável para ambos.
A última etapa é crucial para a sua recuperação, pois é quando o pequeno vai para casa. Entretanto, ele deve continuar recebendo acompanhamento, tanto médico quanto da família para que o peso ideal seja atingido o mais rápido e seguro possível.
Isto, segundo estudos, traz benefícios para os pais, a família e principalmente para o bebê prematuro. Em primeiro lugar, porque ele fortalece o vínculo entre o filho e os pais, estimula o aleitamento materno e ainda reduz o estresse e a dor que ele pode sentir nos primeiros meses de vida.
Este método também consegue ajudar no desenvolvimento psicoafetivo, na estimulação sensorial (já que o toque é a chave) e aumenta a confiança dos pais no cuidado com os filhos.