Técnicos do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) se reuniram nessa segunda-feira (21) com a secretária de Saúde de Dois Riachos e diretora do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL), Edijária Camilo, para discutir a Política Nacional da População Negra, assim como a construção de uma nota técnica conjunta para fortalecer a referida política no Estado. Uma das principais demandas discutidas na reunião foi a inserção de ações e indicadores voltados à população negra no Plano Municipal de Saúde.
Para a diretora do Cosems-AL, Edjária Camilo, a política da população negra em Alagoas é um tema complexo, de certa forma ignorado e que envolve uma combinação de políticas públicas, ações sociais e a luta por direitos humanos. “É essencial continuar essa luta e a busca por uma sociedade mais justa e igualitária. O Cosems-AL, junto com os demais entes, irá divulgar uma nota técnica, bem como sensibilizar os secretários nos espaços de gestão para dar mais conhecimento sobre essa política, assim como a proposta da inserção das ações voltadas à população negra nos Planos Municipais de Saúde”, reforçou Edijária.
Segundo Juliana Soares, supervisora do Apoio Estratégico para a Implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra do Ministério da Saúde, a representatividade desse segmento nos Planos Municipais de Saúde é crucial para superar as desigualdades raciais e promover a equidade, uma vez que os dados apontam para mais de 60% desta população residente em Alagoas.
De acordo com ela, a política da população negra no Brasil é um tema de ampla relevância social e econômica. “A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), instituída em 2009, é um marco importante na defesa da dignidade e qualidade de vida da população negra. A política reconhece o racismo como um determinante social da saúde e estabelece diretrizes para enfrentar as desigualdades étnico-raciais”, destacou a representante do MS.