O comentarista de política,Bob Fernandes, com criticidade analisa o atual cenário sócio-político do Brasil e nos dá uma verdadeira aula sobre a indiferença e desfaçatez dos gestor@s dessa nossa história contemporânea. No Jornal da Gazeta- News:
Dia da Independência a oficial do Brasil começou há 193 anos e a história a oficial há 515 anos.
Quando chegaram os português, os tupinambás dominavam a Bahia e boa parte das costas brasileiras, eles haviam derrotados o tupinaenses que havia vencido os tapuias.
Nas últimas semanas um índio foi assassinado, fazendeiros encurralaram índios que lutam por demarcação, e ocuparam terras pelo Mato Grosso do Sul.
Nesse mesmo Mato Grosso, na região de Dourados, cada vez mais confinados, sufocados, mais de mil e cem jovens índios se suicidaram, desde os anos 80.
No descobrimento, os índios no Brasil eram 5 milhões. Há 50 anos era 100 mil, agora são 900 mil.
Como tantas as nações, o Brasil se fez em meio a uma cultura de violência e extermínio que avança, aponta o novo relatório da Anistia Internacional
A polícia do Brasil é a que mais mata no mundo.
Em 2014 segundo a Anistia 15,6% dos homicídios, 56 mil foram cometidos pela polícia.
No Rio a Anistia detectou, entre 2010 e 2013, 99,6 dos assassinados eram homens, 79% negros, 75% tinha entre 15 e 29 anos, e das periferias.
E nas manchetes há uma década, corrupção, ladrões de ontem e de sempre, em busca do amanhã apontam o dedo para ladrões de hoje. Duelo de hipócrita sobre e quem roubou mais. Debate imoral sobre a imoralidade e quando se deixa de lado essa terrível matança, simbolizada na trágica morte do menino, Aylan Kurdi, justa a comoção virial com a diáspora rumo a Europa rica, mas, brutal e simbólica a indiferença diante no genocídio no Brasil. Porque essa carnificina se dá no Brasil NPPI- Negros, pobres, periféricos, índios.