Intolerância e o ódio político e religioso

31/08/2015 11:18 - Voney Malta
Por Voney Malta

Ainda não inventaram nada melhor do que a democracia, sistema político em que o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal. Através do voto, damos o crédito para que os nossos representantes tomem decisões por nós.

O fenomenal é que a democracia tem princípios que protegem a nossa liberdade e baseia-se no governo da maioria, mas associado aos direitos individuais e das minorias.

“Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade”.

No entanto, o Brasil tem visto atos de intolerância e o ódio político e religioso. Isso é um perigo. O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, já foi vaiado dentro de um hospital e quase expulso de um restaurante em São Paulo.

Na sede do Instituto Lula, também em São Paulo, uma bomba de fabricação caseira foi arremessada. O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, foi hostilizado na Avenida Paulista. Portanto, há um discurso de ódio e intolerância.

Segundo o ministro, a manifestação de pensamento em geral é legítima, mas a ofensa pessoal não é condizente com a democracia. “Acho que existem alguns líderes incentivando esse ódio”, disse Cardozo ao Estadão.

O que ocorre no campo político, neste momento, também existe no meio religioso. Malucos e imbecis existem em todos os lugares e agem incentivando e incentivados por outros idiotas, certos da impunidade. Uma pena.

No campo em religioso, por exemplo, a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, que está em Alagoas sendo levada para diversos lugares, visitou praticamente todas as repartições públicas, menos o quartel do Corpo de Bombeiros.

O que circula é que, como quem manda por lá é evangélico, ficou quietinho, não agiu para recebê-la. Mas quando há evento evangélico, atua com presteza para ceder a banda, transporte, além da presença dos militares na segurança do ato religioso.

Uma pena, mas que mostra como não aprendemos a respeitar o direito do outro.

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