O despertar de Rui Palmeira

22/04/2015 10:39 - Voney Malta
Por Voney Malta

Estrategicamente o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), está intensificando suas aparições nos meios de comunicação. Tem concedido mais entrevistas em rádios, Tvs, sites, veículos impressos e, especialmente, marcando maior presença junto ao povão nos bairros e comunidades.

Fundamentalmente, Rui começa a construir um discurso político para justificar as dificuldades que enfrenta em algumas áreas da administração pública. Mira no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) responsabilidades pela não realização de obras na capital.

Isso ficou claro na segunda-feira (20), quando o companheiro Lula Vilar revelou que o prefeito teria demonstrado “ter perdido a paciência com o governo federal”, porque “muitos dos atrasos em ação na gestão municipal se dá por conta de Dilma não ter encaminhado os recursos prometidos mesmo depois da aprovação de projetos em Brasília”.

Ocupando um cargo de destaque na Frente Nacional de Prefeitos e natural candidato à reeleição, o prefeito do PSDB dá um tiro certo visando superar o desgaste natural de quem não consegue realizar boa parte do que prometera na eleição de 2012.

Atirar em Dilma é uma avaliação certeira, repito. A presidente enfrenta o pior momento em termos de aprovação popular. Pesquisa Ibrape, aqui publicada na segunda feira (20), revela o que a população de Maceió está achando do governo PT: 1% considerou ótimo, 6 % bom, regular 16%, ruim 14% e péssimo 62%. Não sabe atingiu 1%.

Rui Palmeira corre para se recuperar do desgaste justificando a falta de apoio do governo federal. Agora mesmo espera dar uma alavancada na administração com novas obras. Para tanto busca empréstimos bancários com instituições financeiras locais e internacionais. Mas sabe, neste momento, que dificilmente terá o aval da União, uma espécie de avalista.

É importante lembrar que a grita por recursos e obras têm sido dadas pela maioria dos prefeitos, inclusive petistas.

Afinal, 2016 o povo vai as urnas julgá-los e a contenção de gastos por parte do governo federal pode ser um fator decisivo no embate eleitoral que se aproxima.

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