Profissionais das unidades de saúde de Maceió, representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e da Maternidade Santa Mônica participaram nesta terça feira (7), de um treinamento promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio do Programa DST/Aids e Hepatites Virais do Município. A capacitação teve como objetivo qualificar esses profissionais para a abordagem da população em geral em relação à necessidade de prevenção contra a doença, além do aconselhamento e acolhimento das pessoas que chegam para fazer o teste rápido nas unidades de saúde.
A ação é direcionada aos profissionais que atuam na rede de atenção básica municipal, de modo que todos eles possam realizar o teste rápido de HIV/Sífilis e Hepatites B e C, descentralizando e ampliando a testagem para os usuários. Samuel Delane, coordenador do Programa DST/Aids acredita que esse treinamento é importante, pois qualifica os profissionais para essa abordagem com a população “Além da prevenção, os profissionais podem alertar os usuários para conhecer o seu estado sorológico e, na descoberta de caso reagente, iniciar o tratamento de forma mais rápida”, afirmou.
Durante o treinamento, Delane explicou como é feito o tratamento com retrovirais, que não matam o vírus da Aids, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico, e afirmou que depois da introdução dessa forma de tratamento, a Aids passou a ser considerada uma doença crônica que se tratada e manejada de forma correta reduz o risco de morte. “O tratamento hoje é visto também como prevenção, pois além de reduzir o número de mortes pela doença também reduz a transmissão para outras pessoas”, explica.
Faz-se necessário, ainda, reforçar as ações de prevenção com grupos vulneráveis da população, como homossexuais, usuários de drogas e profissionais do sexo, onde o índice de detecção do vírus ainda é alto. Essa prevenção pode ser feita tanto com estratégias clássicas de prevenção, como o uso do preservativo e a redução de danos, quanto com a visibilidade de populações chave e fortalecimento de políticas públicas de prevenção.
Os profissionais também receberam orientações sobre o funcionamento da Profilaxia Pós-Exposição Sexual, uma tipo de tratamento indicado para quem se expôs a risco considerável de infecção, ele pode ser administrado em até 72 horas após a exposição de risco, mas sua eficácia é maior nas primeiras quatro horas.
O teste
Os testes rápidos são realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo. O método utilizado permite que em apenas meia hora, o paciente faça o teste, conheça o resultado e receba o serviço de aconselhamento necessário.
O teste de Aids não deve ser feito de forma indiscriminada e a todo o momento. O aconselhável é que quem tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido, faça o exame.
Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste.