A Igreja Batista Betel estará em festa, neste sábado (28), celebrando mais um ano de existência. É o 91º aniversário de uma comunidade cristã que se tem notabilizado, sobretudo nos últimos 12 anos, sob a liderança do pastor Társis Wallace, pela propagação do evangelho em sua sede, no bairro de Jaraguá, e nas suas congregações de Pajuçara (Maceió), Atalaia (duas congregações) e Capela.
O culto de gratidão a Deus pela existência de mais de nove décadas da igreja será às 19h30 deste sábado com mensagem do pastor Roberto Amorim, da Igreja Batista do Farol. No domingo (1º), a programação segue às 10h20 com profissão de fé dos candidatos ao batismo e apresentação do Coro Magnificat, da IB Farol. À noite, às 18 horas, haverá batismos e celebração da Ceia do Senhor.
Neste primeiro ano da década de seu centenário, Betel e suas congregações estão refletindo sobre o tema “Livres em Cristo”, com os membros e congregados da igreja sendo convocados para viver a experiência de fé e salvação que acontece através de um estranho paradoxo: a escravidão que liberta.
“Liberdade não é pisar na grama onde a placa de ‘proibido’ está. É usar o passeio que é feito pra se caminhar”, enfatiza o pastor Társis Wallace, citando trecho de uma canção que fala de ser livre. A pastoral de 2015 que ele escreveu para sua igreja explica com detalhes os passos que o cristão precisa seguir para viver essa liberdade.
A preocupação do pastor de Betel, neste ano da celebração dos 91 anos da igreja, é despertar sua comunidade para prosseguir buscando o alvo do viver semelhante a Cristo, que em seu ministério terreno de pouco mais de três anos falou do amor maior, expressando com toda clareza o que seria o ser humano caso não existisse o pecado.
O templo da Igreja Batista Betel fica situado na Rua Celso Piatti, 521 (Rua do Centro de Convenções de Maceió, em Jaraguá).
A seguir, um artigo do pasor Társis sobre as as celebrações em Betel:
A CAMINHO DO CENTENÁRIO
Nenhum ser humano, por mais equilibrado que seja tem uma experiência de vida linear. Nem que seja cristão exemplar, pois o Novo Testamento nos revela que nenhum dos líderes exponenciais da igreja primitiva a teve. A igreja cristã é um corpo de discípulos vivendo em função de Cristo com suas limitações humanas. Sendo assim, por mais espiritual e madura que seja também não tem como viver uma experiência de vida sem os altos e baixos próprios da realidade humana.
Nossa história nonagenária é semelhante à de tantas outras igrejas no mundo inteiro através dos tempos: possuiu momentos bons e momentos não tão bons assim. Todavia, o que caracteriza tanto o cristão individualmente bem como a igreja de Cristo comunitariamente, é que as ondulações vão diminuindo na medida em que a maturidade em Cristo vai ganhando a concorrência na luta contra o infantilismo religioso.
Ora, é isso o que temos perseguido nos últimos temas anuais que temos trabalhado, principalmente o de 2014 – “Para Sermos Conformes à Imagem de Seu Filho” (Romanos 8:29) – pois a maturidade cristã que chega com a nossa “desistência das atitudes próprias de menino” (1 Coríntios 13:11), começa a prevalecer. O processo é lento, pois é “o poder de Deus que vai se aperfeiçoando em nossa fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Não há magia numa mudança dessas, aliás, nunca há magia nas verdadeiras transformações operadas pelo poder de Deus através do Espírito Santo. Não há espaços para “Mandrake” nas ações poderosas de Deus.
Todavia, há muitas coisas que ainda nos atrofiam, que nos prendem a concepções equivocadas tanto acerca de Deus bem como de Sua Igreja e do mundo. Por isso, o tema deste ano – “Livres em Cristo” – é provocativo, para nos induzir às mudanças que ainda são necessárias que experimentemos. Mas mudar, mesmo para melhor causa sempre desconforto, por isso, muitas vezes o conforto que é uma coisa boa e necessária age maleficamente, impedindo um bem maior que Deus quer nos conceder.
Em nossa caminhada o foco está direcionado para uma única pessoa, Cristo, conforme orientação de Hebreus 12:2. É Ele quem nos motiva a “esquecer as coisas que para trás ficam e a avançar para as que estão diante de nós” (Filipenses 3:13). No tempo das “policrises pós-modernas” a Igreja do Senhor Jesus é chamada a ser referência de integridade, solidariedade, visão, compromisso, profundidade, sensibilidade etc..., aquilo que o precioso amigo pastor Marcos Adoniram Monteiro escreveu com rara felicidade e lucidez em seu pequeno-grande comentário de Efésios: “A Igreja é a alternativa de sociedade para uma sociedade sem alternativa”.
Que possamos ser isso e muito mais...
Carinhosamente,
Pastor Társis Wallace