A pane elétrica que deixou às escuras a Maternidade Escola Santa Mônica, na última quinta-feira (19), culminou com a interdição da unidade. O não fornecimento de serviços fez com que bebês e parturientes fossem transferidos para diversas unidades de saúde da capital. Diante desse celeuma, Ministérios Públicos Estadual e Federal de Alagoas estiveram reunidos com a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska para que fosse dado um destino à demanda da unidade hospitalar.

A assessoria de comunicação do MP/AL informou que a promotora de Justiça Micheline Tenório e a procuradora da República Roberta Bonfim visitaram ao longo do dia diversos hospitais para acomodar os futuros pacientes. Foram avaliados o Hospital Santa Rita e a Casa de Saúde Paulo Neto para saber se podiam receber o público em destaque, mas nenhum possuía a mínima condição de atender recém-nascidos e parturientes.

Já na noite da sexta-feira (20), a direção do Hospital do Açúcar se prontificou a ceder uma ala administrativa para adaptar enfermarias de obstetrícia. “No entanto, será necessário um estudo técnico de quanto tempo levará para realizar as mudanças estruturais do local. Da mesma forma, técnicos da Secretaria e da Maternidade Santa Mônica vão avaliar se podem adaptar algum ambiente do HGE em UTIs neonatal e materna”, informou a assessoria.

Caso as adaptações dos hospitais sejam inviáveis, os dois Ministérios Públicos vão estudar a viabilidade do Hospital Universitário (HU) recepcionar mais uma vez a Maternidade Santa Mônica, que contou com o apoio da instituição federal durante os meses em que estivera em reforma. “Alguma solução daremos a essas mães e bebês, nem que seja por meio das medidas judiciais cabíveis”, disse a promotora Micheline Tenório.