Atualizada às 9h17

Com o caos instalado na Maternidade Santa Mônica nos dois últimos dias, decorrentes das chuvas que causaram danos na estrutura e ontem por conta da falta de energia elétrica, o governo de Alagoas determinou a imediata interdição da unidade. Em nota oficial, o Executivo Estadual garante a apuração rigorosa das causas e responsabilidades pelos problemas causados pela obra, que dura desde março de 2014.

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A nota, assinada pelo Governador Renan Filho (PMDB) e pela secretária de estado da saúde, Rozangela Wyszomirska, determina a apuração rigorosa dos problemas na unidade. “Renan Filho e a secretária de estado da saúde, Rozangela Wyszomirska determinaram, ainda, a apuração rigorosa das causas e responsabilidades pelos problemas na obra que causaram transtorno a servidores e usuários da maternidade, que é referência para o atendimento às gestantes de alto risco e bebês prematuros”, diz a nota.

Enquanto aguardam um posicionamento dos gestores, funcionários da unidade hospitalar amanheceram esta sexta-feira (20) sem saber para quais lugares devem se dirigir para dar continuidade aos trabalhos. “Nós estamos aqui sem saber para onde ir. Aqui ninguém sabe de nada”, relatou uma das funcionárias.

A diretora da Uncisal, Rita Lessa, se reuniu nesta manhã com os coordenadores setoriais da unidade para definir o andamento dos trabalhos.

A assessoria de comunicação da Sesau informou que a Secretária de Saúde irá se reunir com gestores e membros para definir os próximos passos após a trasnferência dos bebês. O horário do encontro não foi divulgado. 

 

Alas recém-inauguradas alagadas e falta de energia elétrica

Na última quarta-feira (18), as fortes chuvas causaram estragos em algumas alas recém-inauguradas da maternidade. A água invadiu, ao menos, duas salas incluindo a de pré-parto. Na ocasião, os danos foram temporariamente contornados pelos funcionários da empresa responsável pela reforma do hospital.

Um relatório elaborado por membros do Cremal apontou que a maternidade oferecia risco de infecção hospitalar aos pacientes e bebês e não tinha condições de funcionamento devido às obras e à falta de equipamentos. Contrariando o documento, a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, assegurou que a Santa Mônica estava apta a funcionar. A declaração foi feita durante um sessão extraordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES), na quarta-feira (11),

Durante a tarde e noite dessa quinta-feira (19), a falta de energia elétrica deixou pais em desespero. Sem condições de atendimento, os bebês foram transferidos para outras unidades e a Santa Mônica foi interditada.

Confira na íntegra a nota oficial:

NOTA OFICIAL

Governo transfere pacientes e interdita Santa Mônica após curto circuito

Após um curto circuito na rede elétrica da Maternidade Escola Santa Mônica, a direção da unidade transferiu os pacientes internos para maternidades conveniadas ao SUS e o governador Renan Filho determinou a interdição do prédio, que está em reforma desde a gestão passada, em março de 2014.

A decisão visa assegurar a plena recuperação das mães e bebês que estavam sendo atendidos na Maternidade Escola Santa Mônica, onde um força tarefa irá atuar para concluir o mais rápido possível a reforma da unidade.

Renan Filho e a secretária de estado da saúde, Rozangela Wyszomirska determinaram, ainda, a apuração rigorosa das causas e responsabilidades pelos problemas na obra que causaram transtorno a servidores e usuários da maternidade, que é referência para o atendimento às gestantes de alto risco e bebês prematuros.