Veja justifica nota zero de Aécio

29/12/2014 06:30 - Voney Malta
Por Voney Malta

O ranking dos parlamentares que mais se destacaram no Senado e na Câmara dos Deputados deu o que falar. Principalmente por ter dado nota zero ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que ficou na última colocação.

O Ranking do Progresso é publicado pela Revista Veja – pelo quarto ano seguido - em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-­Uerj).

Pois bem, esse ranking, especialmente por conta do senador, provocou um rebuliço tão grande nas redes sociais que a Editora Abril divulgou uma nota oficial. Na campanha presidencial deste ano ficou mais do que claro a simpatia aberta da Veja pela candidatura do tucano.

A nota da revista tenta explicar, entre outras coisas, que o desempenho do tucano foi prejudicado pela campanha presidencial, o que o afastou das atividades no Senado.

Ora, que me desculpem os simpatizantes do Aécio, mas a campanha eleitoral atrapalhou a todos, ou deveria ter atrapalhado. No Senado Collor foi o 17º e disputou à reeleição. Os dois primeiros colocados nesse ranking, os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE) e Lindbergh Farias (PT-RJ), foram candidatos aos governos de Sergipe e Rio de Janeiro.

Portanto, não tiveram os seus desempenhos prejudicados.

E caso você queira mais informações sobre o ranking, é só ler postagem anterior a esta publicada sábado (27).

Abaixo nota da Abril sobre o caso:

O que explica o mau desempenho de Aécio Neves no Ranking do Progresso?

O que explica a má colocação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na edição de 2014 do Ranking do Progresso de VEJA em parceria com o Núcleo de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Necon)? Candidato à Presidência desde junho deste ano, Aécio saiu em campanha pelo país, o que evidentemente o afastou de Brasília e da movimentação cotidiana do Senado. Era natural, dada a ausência, imperativa aos candidatos a qualquer cargo, mas sobretudo aos postulantes a presidente, que Aécio fosse penalizado por dedicar menos tempo à atividade legislativa, votando menos do que poderia, por exemplo. Se tivesse votado em todas as ocasiões e aproveitado as oportunidades para fazer mais pronunciamentos e apresentar mais emendas, Aécio apareceria melhor posicionado na listagem. Os mais de 51 milhões de votos obtidos por Aécio na disputa presidencial vencida por Dilma Rousseff, com vantagem de pouco mais de 3 milhões de votos, indicam a relevância e a aprovação por um imenso grupo de brasileiros do trabalho parlamentar do senador mineiro desde fevereiro de 2011, respeitado tanto por companheiros de partido como por opositores. Sua posição no Ranking do Progresso em 2014 é, portanto, um ponto absolutamente fora da curva.

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