Graça Foster x Papa Francisco

23/12/2014 03:43 - João Kepler
Por Blog João Kepler

Hoje eu li um Post na Rede Social do meu amigo e Alagoano Paulo Tenório, CEO da startup TracktoPRO onde ele chamava o Papa Francisco de CEO do Futuro. (* CEO = Chief Executive Officer ou Diretor Geral), fazendo uma analogia a postura do Papa com o VATICANO e da Presidente na maior empresa Brasileira, a PETROBRÁS.

Pois bem, resolvi não só republicar aqui uma parte, como também fazer alguns ajustes para uma realidade Empresarial:

Ontem a noite assistimos no Jornal Nacional da Rede Globo, o Papa Francisco criticando duramente os gestores da igreja católica, a chamada Cúria. Disse aos mesmos coisas que deixariam qualquer grande executivo ou empresário batendo palmas ou envergonhado por não agir dentro da ética, das regras e do bom senso.

No mesmo Jornal, assistimos a entrevista da Presidente da Petrobrás, Graça Foster se defendendo das acusações de uma colega de trabalho de leniência e até de conivência com o que aconteceu na Petrobrás.

Pois bem, recebemos a lição de um Líder religioso em como gerenciar também assuntos que vão muito além da fé, da generosidade, da harmonia e da manutenção da convivência com seus subordinados ou pares. Ou seja, como um Gestor de empresa, deveria se posicionar muito além do companheirismo, da benevolência e da manutenção da convivência entre os seus colegas ou apadrinhados.

Na crítica do Papa Francisco aos “intocáveis” da igreja católica, ele citou doenças como “Alzheimer Espiritual” pedindo que os cardeais façam exame de consciência.  O Papa afirmou que, "como qualquer corpo humano", a Cúria sofre de "infidelidades ao Evangelho" e de "doenças que precisa aprender a curar".   Citou a doença do  “sentir-se imortal e insubstituível terrorismo do falatório” com a utilizar de fofocas para destruir ou diminuir a importância do próximo. E ainda citou a “esquizofrenia existencial” para quando se confunde a persona de Gestor com a realidade do cargo que ocupa. 

Através de expressões fortes, que geraram desconforto entre os cardeais e altos funcionários da Santa Sé, o Papa analisou o que chamou de patologia do maquinário central da Igreja católica, e pediu reflexão, penitência e confissão por ocasião do período Natalino.   

Vimos no discurso do Papa Francisco uma INSPIRAÇÃO incrível para a vida e para os negócios

Já infelizmente na fala de Graça Foster, percebemos o velho discurso de “não é comigo”, “não sabia de nada”, parecendo querer se esquivar de resolver, na auto defesa, na proteção dos seus pares, típico de uma Gestão digamos, protecionista e manhosa.  A atitude de hoje pode ter custado muito a Francisco, mas vimos pela primeira vez um Gestor "sem dedos", sem meias palavras ao falar sobre o que acredita que a missão e valores de sua empresa (no caso, o Vaticano). Imaginei a Graça Foster podendo agir da mesma forma que o Papa em relação a patologia do maquinário central da Petrobrás.

Para procurar a cura é preciso o reconhecimento da doença. Então imaginemos que as 15 doenças citadas pelo Papa Francisco se traduzem em 15 atitudes que são incompatíveis com o mercado Empresarial. A dicotomia da realidade e dos resultados fazem com que o Papa Francisco seja mais que necessário, seja um modelo, um exemplo de como um CEO pode transformar com a VERDADE uma empresa esquartejada ou quebrada, recuperar a credibilidade, voltar a ser orgulho e sucesso em todos os sentidos.

Parabéns Papa Francisco, um CEO sem medo, moderno e do Futuro. Que pena Graça Foster, uma CEO aparentemente comprometida com o complexo instrumento político Governamental.

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