Quem esperava que o debate ente os candidatos ao Senado Federal, mesmo sem a presença do senador Fernando Collor, líder das pesquisas, mas que optou por não participar desde ontem (19) serviria para tirar alguma dúvida, se enganou.

Primeiro que foi um debate esvaziado pelo dia e horário. Segundo, pela  não presença do principal candidato, um ex-presidente da República em busca da reeleição. Terceiro, pela continuidade do espírito agressivo, intolerante e repetitivo de alguns dos candidatos.

Mas o pior de tudo foi a reação de Hélio Moraes, irmão da candidata Heloísa Helena e  candidato a deputado federal, a uma provocação de Elias Barros, que deixa o “suposto”provocador como vítima.

Se de um lado criou uma vítima, do outro expôs  a agressiva intolerância dos parentes-candidatos e aliados quando têm suas posições questionadas. Ou seja, qualquer coisa que pareça provocação logo é motivo para uma reação desproporcional.

De acordo com o que foi noticiado pelos sites, inclusive o TNH1 – da empresa organizadora do debate - o irmão da candidata ao Senado tentou agredir fisicamente Elias Barros, sendo, em seguida, expulso do ambiente.

Além do absurdo da truculência e agressividade da atitude do irmão, pior foi o posicionamento da vereadora, de acordo com o que foi publicado em reportagem pelo próprio TNH1: “a partir do momento em que um candidato a serviço de outro faz insinuações sobre a minha honra, isso provocou a reação do meu irmão”..., disse HH.

Quer dizer que uma provocação justifica uma tentativa de agressão? Se isso for aceito como verdade, sinto muito, mas tal argumento é o mesmo que assinarmos embaixo todos os atos de violência física que interpretemos como agressão a honra.

Uma pena que a agressividade, a intolerância e a falta de argumentos sejam justificadas, aceitas e permitidas quando praticadas pelo próprio sangue.

Aliás, recentemente recebi de um candidato chamado Hélio Moraes , nome semelhante ao mesmo que aparece na foto dos sites, palavras agressivas sobre um texto que publiquei. Respondi dizendo que gostaria de ouvi-las pessoalmente.  Mas não obtive resposta.

Acho que a  agressividade de gente que se acha acima de tudo e de todos, de gente que se considera correta em qualquer atitude, donos e donas da verdade,  um perigo.

E disso estamos cheios de personagens. Igual a uma novela.

Só que no caso de Alagoas de personagens reais. Uma pena.

Ou será uma oportunidade?

 

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