O cartão de crédito foi incorporado à rotina de compras com muita facilidade e aceitação. Em dias de tanta violência, o “dinheiro de plástico” é mais uma segurança para o cidadão que pode ser assaltado a qualquer momento. A dona de casa Jivanilza Batista costuma fazer todas as compras de casa no cartão de crédito e confessa que muitas vezes não consegue acompanhar o ritmo das compras, sendo surpreendida com a fatura no final do mês.

O comportamento de Dona Jivanilza é muito comum. Com a popularização do cartão de crédito é cada vez mais fácil que pessoas com pouca – ou nenhuma renda – tenha acesso ao crédito que ainda tem seu pagamento “facilitado”. A possibilidade de pagamento apenas do “mínimo” é mais uma atraente opção, mas poucos têm consciência do que isto realmente significa.

Anualmente, são divulgadas as pesquisas de endividamento do consumidor em Maceió e a taxa de na inadimplência destes mesmos consumidores. Enquanto o índice de endividamento (IEC) refere-se à quantidade de consumidores que buscaram o crédito, a taxa de inadimplência revela a proporção dentre os endividados que não conseguiram pagar suas dívidas.

Na última semana, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e o Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD) de Alagoas divulgaram o Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) na capital alagoana. A pesquisa revelou que o endividamento em julho ficou igual aos meses de maio e junho deste ano ao alcançar 72,3% do total dos consumidores pesquisados.

Comparando junho deste ano com o mesmo período do ano passado, o IEC diminuiu 9%, demonstrando, mais uma vez, que os indicadores de endividamento no ano de 2014 são melhores em relação ao mesmo período de 2013. Na média do ano, o IEC em 2014 continua abaixo do nível registrado ano passado (74%, em 2013, contra 67,4%, em 2014).

O economista Rodrigo Theotônio explicou que historicamente os meses de maio, junho e julho têm uma retratação no consumo. “Nesses meses o comércio fica mais estagnado mesmo, as pessoas tendem a guardar dinheiro ou pagar contas para assegurar mais crédito no final do ano, quando terão o décimo-terceiro e as compras natalinas para fazer”.

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