Enquanto a média nacional de inadimplência nas escolas particulares é de em torno de 20%, em Alagoas esse número tem ultrapassado a casa dos 30%, de acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Alagoas, nas 500 unidades que existem no estado. Faltando poucos dias para o encerramento do ano letivo de 2013, proprietários das instituições privadas ainda "correm" atrás dos pais para rever o prejuízo. Na contramão da inadimplência, o aumento das mensalidades tem deixado muitos pais preocupados.

A presidente do sindicato, Bárbara Heliodoro, explica que a situação de devedores se agravou mais ainda nos últimos anos devido à falta de uma punição mais severa para as pais que não pagam as mensalidades. Atualmente, os inadimplentes têm seus nomes colocados na lista do Serviço de Proteção ao Crédito, o conhecido SPC, e podem matricular seus filhos em outras instituições de ensino normalmente.

“O problema é que a única garantia que eles irão pagar o que devem é o histórico escolar e hoje não podemos mais reter nem negar se for pedido. Assim, esse pai que está devendo a uma escola vai matricular o filho em outra e também ficar devendo lá. Tem casos aqui, que os pais pagam somente a matrícula e no final do ano pegam o histórico vão matricular em outra escola, onde fazem a mesma coisa", completou Bárbara.

Bárbara afirma que muitas instituições privadas de ensino estão recorrendo a empréstimos bancários para continuar ofertando os mesmo serviços aos alunos, que estão com os boletos em dia. "Os pais que pagam as mensalidades em dia estão pagando por aqueles pais que não pagam e tem o mesmo serviço. A prestação do serviço em educação é totalmente diferente da compra de um carro. O ensino não podemos ter de volta e um veículo se não for pago sim", acrescentou a presidente, destacando que uma pesquisa nacional apontou que apenas 10% da população coloca em prioridade o pagamento das escolas.

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