A Brastemp não é mais, assim, uma BRASTEMP!

30/10/2013 02:37 - João Kepler
Por Blog do João Kepler
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O slogan usado em campanhas publicitárias pela Brastemp, há muito não existe mais, sumiu, não porque passou da validade ou tempo, mas por razão de NÃO conseguir ser referência e sinônimo de qualidade (Não é assim, uma BRASTEMP!) e por não conseguir sustentar o outro slogan arrogante e correlato "Não tem Comparação". Não somente por ter aparecido concorrentes de peso com ótimos produtos no mercado, mas pelo aumento das reclamações dos consumidores com a qualidade dos produtos e do péssimo atendimento, mas também pela forma de condução e de gestão da empresa americana Whirpool, detentora hoje das marcas Brastemp e Consul no Brasil.  Basta uma simples pesquisa no Google ou verificar nos  sites de relamações na internet para constatar isso. No site reclameaqui.com.br por exemplo, a pontuação da marca varia de "ruim" para "regular" no geral e, tem mais reclamações do que seus concorrentes, mesmo com todo o esforço de responder as demandas.  Até no Trends Topics Mundial do Twitter e do Youtube a Brastemp apareceu por conta de críticas do consumidor prejudicado Oswaldo Borelli que usou os canias da internet para reclamar de seu refrigerador com problemas.

A expressão "Não é, assim, uma BRASTEMP..."   transformou-se literalmente em uma situação real pra mim, além das inúmeras reclamações públicas de consumidores, enormidade de processos de consumidores prjudicados em procons e juizados especiais, além de mais de 40 processos judiciais relevantes e miionários listados e registrados na Bovespa (Bolsa de Valores), em que a Whirpool é , mas principalmente também por que essa frase, simplesmente retrata o que aconteceu diretamente comigo.

Pois bem, o que trago hoje aqui é uma Denúncia. Na verdade uma denúnica minha, vivida por mim, minha família e minha empresa RKS, nesses últimos 7 anos que não é um simples problema com um refrigerador, freezer ou fogão, mas com milhares de eletrodomésticos, vendidos através da minha empresa diretamente ao consumidor final no canal Porta a Porta da Fábrica,  sem passar pelo varejo tradicional.

Eu era representante comercial da Compra Certa Brastemp, um canal que vendia eletro-eletrônicos ao consumidor final da Multibrás (que depois virou a multinacional Whirpool). Na época em 2001 quando começamos a operar as vendas diretas, faziamos essas vendas através de um contrato de Compra Programada, onde o consumidor pagava 12 parcelas e recebia o bem, após quitar as primeiras parcelas, uma espécie de compra para entrega futura.   Durante anos fomos a melhor equipe de vendas do Brasil com volumes superiores a 5 milhões de reais por mês, ganhamos diversos prêmios, todos os elogios e méritos possíveis de mercado. Em determinado momento a minha empresa começou incomodar internamente alguns Gestores da Brastemp na época, que não estavam "satisfeitos" com o meu crescimento, com os parâmetros de comissões e áreas de atuação contratados comigo. Resolveram então, me pressionar para baixar comissões, reduzir áreas de vendas e bonificações, como não concordamos, começaram a abrir as minhas áreas para outros representantes com comissões menores nas nossas regiões no intuito de reduzir meu volume de vendas.  Desleal, não é? mas pior ainda, chamaram os vendedores que já operavam a venda através da minha representação.  Além disso, começaram um processo de fritura interna com instrumentos desleais no sentido e na tentativa de fazer com que eu pedisse para sair, pois segundo a Lei de Representação Comercial, eles deveriam me indenizar para cancelar o contrato.

Resumindo e para não prolongar muito este texto, como eles não conseguiram me tirar, fizeram uma "forçada de barra" me demitindo por uma suposta "justa causa" que segundo eles, eu teria descumprido o contrato e estaria devendo valores em aberto.  Imediatamente protocolei em Maceió uma ação com pedido de Liminar solicitando a retomada do acesso ao sistema deles para poder calcular as comissões, pedindo que eles provassem que eu devia algum valor "em aberto" e que pagassem a indenização que manda a Lei Nr. 4.886. Ai começou a novela da vida real, que vem sendo filmada por todos esses anos. 

Bem, ganhamos este processo em todas as instâncias (Na 1a. instância, no Tribunal de Justiça e no STJ) o direito de ter a indenização sob a quebra abrupta e imotivada do contrato, provamos que não deviamos nada, muito pelo contrário, derrubamos e provamos o contrário com fatos, dados e provas, todas as descabidas acusações e inverdades que eles alegaram ao longo do processo. Enfim, transitou em julgado, como se fala juridicamente.

Se não bastasse todo o poderio da multinacional ao longo desse processo com diversos mecanismos juridicos protelatórios usados pelos mais caros escritórios de advocacia do Brasil, eles por diversas vezes, usaram de artifícios inescrupulósos, informações mentirosas, factóides, até o processo físico sumiu e teve que ser recuperado. Atacaram a minha honra, tentando induzir os magistrados a erros no sentido de inventar coisas que nunca existiram.  Inclusive protocolei outra ação de Dano Moral, extamente por isso também. Esse processo já teve sentença favorável a minha empresa em primeira instância, estando parado, não sei porque,  por 3 anos no Tribunal de Justiça de Alagoas esperando analise do Desmbargador Relator. 

Agora, a Whirpool que por default atenta contra o meu Direito, procrastina a liquidação de sentença do final deste processo e o pagamento dos valores devidos. Neste sentido e no intuito de ganhar mais tempo, tentaram através de uma descabida Ação Rescisória que questiona tudo que já foi decidido e resolvido.  Além disso, eles conseguem  "SEGURAR" o Processo principal com pedidos de liminares e argumentos mentirosos levando os magistrados algumas vezes a equivocos e todos os meios possíveis e impossíveis para travar o andamento do processo,  o que faz travar uma luta desigual para provar o contrário.  Você deve se perguntar, ok João, mas o Código de Processo Civil  garante a eles estes instrumentos, porém o que fazem e o que fizeram, é contra qualquer título de empresa séria, honesta e que cumpre seus contratos e honra suas marcas pelo mind of share que a fabricante e seus antigos gestores (os donos anteriores e aqueles do eram do bem) consquistaram ao longo dos anos no Brasil.   Recentemente entraram com outros processos independentes contra mim, cometendo mais um equívoco desesperado no sentido apenas de bagunçar o meio de campo, de tentar inverter as coisas, ganhar tempo novamente e principalmente de confundir a justiça, me cobrando agora, depois de todos esses anos, uma suposta dívida em aberto que nunca existiu e já provada em todas as instâncias, com informações desconexas e erradas, sem provar novamente absolutamente nada.  enfim,  continuam erolando e  ganhando tempo.  

Pois bem, onde entra a denúncia, objeto deste artigo?  

Estou escrevendo um novo livro: "DAVI contra GOLIAS. Uma história real de um pequeno empresário contra uma Multinacional!"  onde vou contar com detalhes escabrosos, cada "artimanha" e "armação" juridica e não jurídica que eles fizeram e ainda fazem ao longo desses processos mencionados acima. Não se trata de um curso processual normal, se trata das maiores estratégias maquiavélicas que já foram usadas em um processo de um simples representante comercial que perdeu tudo que tinha.     

Mentiras, jogadas jurídicas, desorganização interna, enganação, arrogância, "força do dinheiro" e tantos outras coisas que infelizmente fazem parte do dia a dia desta empresa que já foi genuinamente BRASILEIRA, que pelas atitudes,  parece ter  como princípio empurrar os problemas para o ano fiscal subsequente.   Explico:  A Whirpool é uma S.A. com suas ações listada na Bolsa de Valores (BM&FBovespa  - sigla: WHRL) e precisa ter bons números financeiros e uma boa Governaça Corporativa para manter suas ações bem posicionadas. Acontece que quanto mais jogar para "debaixo do tapete" e empurrar o problema para frente, melhor, nesta complicada equação de RI (relação com o Investidor) que eles tem que manter.  Só para voces terem uma idéia, ao longo de todo o processo a Whirpool nega que me deve aos magistrados e na justiça, nega inclusive que tenha problemas com outros ex-Representantes Comerciais, mas informa de forma sutil no Formulário de Referência, direcionados apenas aos acionistas investidores, que me devem.  Ora se mentem para a Justiça, por que não metem também aos acionistas ??   Eles são obrigados a declararem os processos e contingência passiva, avaliados como de perda provável ou possível, cujos valores envolvidos ultrapassem o montante de um milhão de dólares. No caso do nosso processo,  eles vem informando aos acionistas desde 2009 que podem perder, porém colocando os valores parciais e menores, obviamente.   Basta acessar esse link e terão acesso a 46 páginas de Processos com valores relevantes, inclusive os de outros ex representantes comerciais na mesma situação que a da minha empresa RKS.:  http://www.econoinfo.com.br/comunicados/WHIRLPOOL/Processos-nao-Sigilosos-Relevantes/1513632375041?p=1

SE fazem isso comigo, imaginem o que fazem com todos os outros processos administrativos e judiciais (em todos os casos e esferas).  Estou conversando com vários autores de ações  e pretendemos  montar um grupo para se unir contra eles e denunciar na imprensa, na Bolsa de Valores e nas Mídias Socias, cada suspeita, absurdo e passo errado da Whirpool no Brasil. 

É uma luta de DAVI contra GOLIAS mesmo, o poderio de uma empresa de BILHÕES com toda sua máquina FINANCEIRA e JURÍDICA contra um pequeno empresário de Alagoas.    Imaginar que fomos parceiros e geramos vendas por anos na média de 6 Milhões de Reais por mês, DIRETAMENTE AOS CONSUMIDORES (Da fábrica Brastemp ao cliente final, sem passar pelo atacado ou loja) e por conta de arrogância, ganância e empáfia sem limites dos gestores da época no Brasil, de repente, perdi tudo de forma abrupta tendo que arcar com todos os prejuízos e a vergonha pública com a sociedade, com o mercado e com mais de 1.500 vendedores pelo Nordeste.

Depois desse texto estou preparado para ampliar esta discussão e contar nos detalhes (com dados e provas) os vários capítulos escabrosos desta novela, onde eu sou o mocinho e eles os vilões. É claro (já espero por isso) que com o poder de imprensa e de investimento em marketing que tem a Whirpool tem, vão tentar falar o contrário, dizer que nós  que devemos a eles, mas para isso vão ter que convencer os acionistas da cia  também. Para vocês terem uma ideia, até uma notícia bastante negativa para a empresa como o acordo de R$ 1 bilhão no processo perdido com o Banco Safra, o acordo com o Cade de R$ 100 Milhões e tantos outras coisas ruins para a Whirpool e suas ações, são veiculadas de uma forma que a “péssima notícia” pareça uma coisa normal ou amenizada para a Companhia.

Bem amigos leitores, esse foi apenas um resumo, um desabafo guardado por anos e já documentados nos detalhes  no livro que estou escrevendo. Espero que sirva de alerta para os atuais e novos executivos desta multinacional, para os magistrados que devem perceber e entender as artimanhas dos advogados contratados, para os autores de processos contra esta empresa para saberem com quem estão lidando, os investidores para pedirem explicações mais contundendes sobre a gestão a a condução dos processos judiciais e que o passivo deve ser maior que provisão anunciada e toda a sociedade para saberem que a Brastemp, já não é assim, uma Brastemp.

 

João Kepler Braga

 

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