E cá estou eu. Computador aberto, lendo isso e aquilo, buscando uma ideia sobre o que escrever para o blog. Preciso encontrar uma. É véspera do final de semana de São Pedro.

Continuo pesquisando, lendo. Isso não, tal assunto não... Solto um palavrão cabeludo, daqueles, tipo, @#$%&, mas em silêncio, dentro da mente, só eu escuto.

Por umas três ou quatro vezes vejo os companheiros escrevendo sobre o novo partido do ex-prefeito Cícero Almeida, o PRTB, que ele assume nesta segunda-feira (01-7).

Uma figura, o Cícero Almeida. Uma figura que já passou por um monte de partidos. Na mesma proporção já anunciou, também, que iria para outros tantos partidos, sem ter realizado tal promessa.

(Deixa pra lá. Promessa de político e @#$%&, é tudo a mesma coisa, não é mesmo?).

Voltando ao tema: Da mesma forma, ele, o Cícero, já se desmanchou em declarações de amor a essa e aquela figura política. Porém, o tempo mostrou que eram amores passageiros, que as palavras ditas eram fugazes e triviais, jogadas ao vento.

E daí, pergunto-me? O que vale é que o ex-prefeito Cícero Almeida tem voto, muito voto em Maceió, certo? Sim, o que vale mesmo é isso, na prática.

Entretanto, eu considero uma pena que, com o potencial de votos, o ex-prefeito seja figura secundária nas articulações para as eleições de 2014. Sem grupo, pulando daqui e dali, chega a um novo partido que é, verdadeiramente, emprestado a ele pelos irmãos Renan e Olavo Calheiros. 

Antes do raciocínio que você leu, eu já havia decidido repetir um texto que redigi no dia 17/06/2013, sobre o ex-prefeito Cícero Almeida, que você pode ler abaixo:

Articulações para 2014 estão passando longe do ex-prefeito Cícero Almeida

No cenário político atual o ex-prefeito Cícero Almeida está tendo um papel reduzidíssimo. Enquanto as principais lideranças políticas ocupam e tomam conta dos postos chaves nas discussões para o pleito do ano que vem, Almeida não é ouvido nas discussões para a formação dos palanques.

Se ainda será, quando isso ocorrer o corte principal no tecido político já terá sido feito. Assim, terá apenas como importância a provável grande quantidade de votos que vai carregar. Mas não vai influir nos nomes que serão definidos para concorrer aos cargos majoritários. É um papel pequeno, portanto.

Porém, é o papel que cabe a quem não foi capaz de demarcar e construir com tijolo e concreto o seu território político. Fruto da incapacidade de falta de visão de líder político. Cícero Almeida não conseguiu construir um grupo político. Sequer consegue ter controle sobre um partido, arma fundamental para demarcar o próprio território.

E todas as oportunidades lhe foram oferecidas, mas sempre desconfiou da oferta e/ou de quem ofertava.

Dizem que a culpa disso tudo é da própria personalidade do ex-prefeito, bastante difícil, e de sua dificuldade de construir e manter relacionamentos. Não confia em ninguém e desconfia de todos.

E em política tais características são mortais.

Pelas obras que realizou, pela aprovação popular que conquistou, hoje era pra Cícero Almeida estar no centro do furacão, influenciando nas decisões. Mas, apequenou-se de tal maneira que do ponto de vista político está relegado a um plano de muita inferioridade.

É fato que político sem partido e sem grupo é quase nada.

E mesmo sem tudo isso, se tiver voto e palavra ainda vale alguma coisa. Mas essa é outra história.