A terceira mobilização ocorrida em Alagoas  nesta quinta-feira, 20, foi marcada pelo repúdio dos  manifestantes à participação de bandeiras de siglas políticas.

Já no inicio da concentração, que aconteceu na Praça do Centenário, no bairro do Farol,  em Maceió, ocorreu  um pequeno desentendimento , quando a jovem chamada Thaís, em seu pronunciamento  pediu a retirada dos partidos políticos e de suas bandeiras da manifestação. Grupos pós e contra se posicionaram aclamando o principio de tumulto.

Já na  caminhada o grupo de insatisfeitos cresceu e gerou falas de ordem que afirmavam que o movimento era popular e não cabia partidarismo. Com o grito de: “O povo unido não precisa de partido” diversas pessoas demonstraram a insatisfação popular .

Outras pediam: Abaixa, abaixa essa bandeira!

Partidos políticos são prostituídos- afirma uma jovem universitária e não merecem participar dessa manifestação que é espontânea e nasce da indignação do povo contra o sistema político no Brasil. E essa indignação atinge em cheio os partidos políticos- concluiu.

Partidos políticos não nos representam. Representam os interesses deles e dos amigos que o cercam- arremeda outro jovem, também universitário.·

Segundo Adja Marcela de 14 anos: "Estamos fazendo história. Nenhuma revolução foi bem sucedida sem que houvesse, no mínimo, devastações. Somos filhos da revolução trilhando seu próprio futuro, somos brasileiros."

Segundo , o professor da Universidade Federal de Goiás: "Os partidos políticos atuais são organizações onde predomina a burocracia na sua estrutura e que se fundamentam na ideologia da representação política, e não no acesso direto do povo às decisões políticas, e, tendo, como objetivo, conquistar o poder político estatal, além de serem expressões políticas de alguma oligarquia econômica ou tradicional."

As expressões de repúdio aos partidos políticos ocorrem em todo Brasil e, é preciso que os mesmos tenham a  humildade de reconhecer que as ruas estão mandando recado explicito. Despolitização, fascismo, intolerância?

É hora de colher respostas.