Uma caminhada realizada na manhã desta quinta-feira (16) pelas ruas do Vergel do Lago reuniu dezenas de pessoas em prol da Campanha Alagoana de Enfrentamento à violência e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Desde o início da semana, representantes da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-AL), Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Cedca), Secretaria de Assistência Social, Conselhos Tutelares, Centros de Referência de Assistência Social e Psicologia e Polícia Rodoviária Federal realizam panfletagens, adesivação, palestras em escolas entre outras ações para conscientizar as pessoas sobre a importância de combater e denunciar os casos de violência sexual.

Além da caminhada, a juíza auxiliar da CGJ-AL, Fátima Pirauá proferiu, na Escola Municipal Rui Palmeira, no mesmo bairro, palestra sobre o combate à violência contra crianças e adolescentes. Para abordar a temática, os alunos fizeram apresentações de uma peça teatral, danças e músicas, além da banda da escola.

"Temos apenas 160 denúncias na vara responsável pelos crimes contra crianças e adolescentes e isso não representa a realidade do nosso Estado. As pessoas precisam denunciar os agressores diante do mínimo indício apresentado pela vítima, pois essa violência gera grande prejuízo, inclusive emocional. As escolas têm um papel fundamental e os professores precisam se capacitar", disse a magistrada.

O vereador Francisco Holanda acompanhou a palestra e disse que também é papel dos representantes da população na Câmara Municipal propor legislação para combater a violência contra crianças e adolescentes.

Escolas



Na última quarta-feira (15) Fátima Pirauá visitou, junto com representantes do Cedca, as escolas do antigo Cepa, no Farol, onde dialogou com professores e alunos sobre o tema. A juíza pretende se reunir com os secretários municipal e estadual de educação para sugerir ações que tratem sobre o combate à violência sexual.

"Quando estávamos apresentando a campanha em determinada escola, uma aluna saiu correndo da sala de aula, aos prantos. Ela não quis contar o que estava acontecendo, mas mostrou um sinal de que poderia estar sofrendo violência sexual. As vitimas têm medo do que pode acontecer se elas denunciarem e se calam", afirmou.