Com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na França, o país é 14º a legalizar o casamento gay. No Brasil e no mundo o assunto divide opiniões e ondas de protestos contra e a favor tornam o assunto ainda mais polêmico.

Em Alagoas, o arcebispo de Maceió Dom Antônio Muniz ressalta o papel da Igreja em defender a família cristã, formada pelo pai, mãe e filhos.

"A Igreja continua defendendo os valores cristãos. Nós entendemos e compreendemos o casamento como um dos sacramentos da Lei de Deus que une o homem e a mulher. É bíblico e imutável.”, afirmou.

O arcebispo explicou ainda que o casamento é fator fundamental para a continuidade da vida humana. “Nós não julgamos e nem atiramos pedras em ninguém, seja homossexual ou não. Mas é preciso deixar claro que é função da Igreja defender as leis de Deus”, concluiu.

Manifestação LGBT

Em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, o presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia, afirmou que o movimento tem como objetivo promover, defender os direitos humanos e, difundir políticas anti-discriminatórias a gays, lésbicas, travestis e bissexuais.

“A luta do movimento LGBT não é pelo casamento religioso, mas sim pelo reconhecimento civil homossexual. Não é só por ‘achar bonito’, mas por uma luta de nossos direitos”, afirmou.

Em relação ao posicionamento da Igreja, Correia afirmou que o movimento não é contra as opiniões religiosas. “Nossa luta é para que a Igreja não venha interferir nem usar a Bíblia para fazer homofobia, como, por exemplo, dizer que gays vão para o fogo do inferno, frisou. 

Correia criticou ainda o pastor deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara federal. “O deputado é um carreirista. As palavras dele ferem. Como formador de opinião, ele não pode usar o poder para incitar a violência contra os homossexuais”, concluiu.