A tela "O mestre-pasteleiro", do pintor francês Chaïm Soutine, foi arrematada nesta quarta-feira (8) em Nova York por US$ 18 milhões, em um leilão de arte moderna e impressionista realizada pela casa Christie's, na qual a principal obra, uma pintura de André Derain, ficou sem comprador.

No total, o leilão arrecadou US$ 158,5 milhões com a venda de pinturas, esculturas e desenhos de grandes artistas, como Joan Miró, Marc Chagall, Pablo Picasso e Claude Monet (1840-1926).

"Apesar das obras terem caráter único, a grande dose de cor era algo em comum entre elas" afirmou o especialista de arte da Christie's, Adrien Meyer, que completou: "os colecionadores não tinham tido até este momento a oportunidade de comprar pinturas de arte impressionista e moderna com a qualidade destas peças".

A tela de Chaïm Soutine, arrematada por US$ 18 milhões e que pertencia a uma coleção privada europeia, se destaca por ser a culminação de uma série de seis retratos realizados pelo pintor francês durante quase uma década.

No entanto, a peça mais destacada do leilão, o retrato que André Derain (1880-1954) realizou da esposa de Henri Matisse e que marcou uma mudança na história da arte moderna, não obteve comprador.

Apesar de ser a primeira vez que a peça era apresentada em um leilão, a oferta mais alta não passou de US$ 13 milhões, um valor abaixo do mínimo estimado pela Christie's, de US$ 15 milhões.

A tela, tida como um símbolo do movimento fauvista, foi pintada por Derain em agosto de 1905, durante o verão que passou com o casal Matisse em Collioure, no sul da França antes de uma exposição no Salão de Outono de Paris. Na ocasião, o termo "fauves" foi usado pela primeira vez para se referir aos pintores caracterizados pelo uso audaz da cor.