Na tarde desta quarta-feira (08) durante o julgamento do Caso PC Farias, no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes, compareceu o médico legista, José Lopes Silva, que estava de plantão no dia 23 de junho de 1996, quando aconteceu o assassinato de Paulo César Farias e sua namorada Suzana Marcolino.  Como estava de plantão no Instituto Médico Legal (IML) o médico  recebeu os corpos de PC e Suzana realizando necropsia nos dois. “No corpo de Suzana foi encontrado um orifício de entrada e saída de projétil e no corpo de PC apenas um orifício de entrada”, afirmou o legista.

“O  corpo de PC  foi o mais lesionado onde foram atingidos os grandes vasos que saem do coração, principalmente a aorta, tendo isso provocado a morte praticamente imediata num tempo de aproximadamente no máximo dois a cinco segundos. Já Suzana teve o pulmão e pequenos vasos lesionados, tendo um tempo de morte mais prolongado do que o PC Farias”afirmou o legista.

Como não houve a saída do projétil  no corpo de PC foi necessário um exame radiológico para localizar o projétil que estava alojado na região escapular. Segundo o médico, “o disparo efetuado foi realizado a distância e o de Suzana praticamente encostado na pele”.

Sobre as controvérsias sobre a causa da morte do casal, o médico afirmou ser um ponto em comum e afirmou não haver dúvidas que os dois morreram de hemorragia aguda, destacou o médico legista.

 “As marcas de sangue ficaram no pijama de PC e camisola de Suzana, permitindo que fossem periciados por Badan Palhares”, afirmou o médico.

“Após a necropsia o corpo fica sujo e o corpo e lavado. Depois o agente funerário também lava os corpos”, destacou José Lopes.

Segundo o médico “o projétil que saiu do corpo de Suzana teria saído do corpo dela e batido na parede duas vezes e recocheteou atingindo uma cadeira formando os três pontos. Dentro da parede se conseguiu material humano e o DNA é da Suzana Marcolino, não há dúvidas”, reforçou José Lopes.

O médico legista foi enfático ao concluir que o caso se trata de homicídio seguido de suicídio.

 

Laudo único

Gerson Odilon Pereira, médico legista foi convocado para participar da perícia junto aos profissionais de Alagoas e dias depois junto à equipe de Campinas. O profissional lemnrou que em reunião ficou decidido ir fazer uma visita ao local do crime junto à equipe de legistas vinda de Campinas.

O profissional destacou que fez o exame anatológico no corpo de Suzana e Paulo César Farias. “Não houve muito a discutir quanto à causa da morte, até porque isso é competência dos peritos criminais”, disse o médico.

Na época solicitamos um aparelho de raio X no IML para fazer o exame, momento esse único, uma vez que até hoje esse equipamento é inexistente no Instituto, falou Pereira.

Quanto à falta  de projeção de sangue na arma o médico destacou a pressão negativa da caixa torácica e que o sangramento não acontece de forma imediata. Isso leva alguns segundos onde o orifício de saída projeta maior volume de sangue do que o de entrada, destacando que quando um projétil entra o diâmetro e menor  do que quando sai”, afirmou o médico.

O cadáver de Suzana foi medido e o médico afirmou que ela tinha uma estatura de 1m77cm. NO médico afirmou que nunca de manifestou publicamente sobre o fato, mas foi enfático ao afirmar que se trata de um caso de homicídio seguido de suicídio.

Quanto ao laudo único afirmou ter capacidade técnica e profissional para emitir um laudo dessa natureza.