Penso que o grande barato da vida são os recomeços. Retirar algumas vírgulas da caminhada, jogar fora as reticências e apostar no ponto final.
O ponto final que sinonimiza com a postura do não cerceamento, do não mais olhar para trás e seguir adiante.
O passado tem cheiro de teia de aranha que amordaça sonhos e perspectivas.
O passado é senhor guardião dos vaivéns, que soterram as possibilidades de futuro.
Hoje acordei com vontade de começar de novo.
Celebrar a força pessoal que, muitas vezes, em um movimento desconhecido de entrega, a gente titula ao outro.
E, celebrar a força pessoal é como um grande exercício de poder: o domínio de si mesmo.
Hoje acordei com vontade de começar de novo e rearranjar as palavras: Sim, eu posso!
É como um mantra: palavras puxam palavras, causando uma revolução das sílabas: re-no-va-ção.
A vida tem bocados suculentos de momentos para serem vividos. É parenta das expectativas.
Expectar seguindo o brilho do sol.
Expectar o olho da lua.
Expectar...
Hoje, especialmente, hoje acordei com vontade de começar de novo.
Soerguer do abismo e ressurgir além do olho do furacão.
Ocupando, milimetricamente, todos os territórios de busca.
O tempo é o senhor da razão.