“A democracia foi muitas vezes formal e mentirosa” afirma Waldir Pires.

21/04/2013 16:51 - Raízes da África
Por Arísia Barros

 

 

A Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA situada no Largo do Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador, recebeu dia 19 de abril um público de cerca de 350 pessoas para o Seminário Representação Política e Enfrentamento ao Racismo.

 

O Seminário Representação Política e Enfrentamento ao Racismo,  uma iniciativa da  Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR) é  atividade preparatória da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que acontece de 5 a 7 de novembro em Brasília.oção da Igualdade Racial, que acontece de 5 a 7 de novembro em Brasília.

Nas falas da mesa de abertura as autoridades percorreram desde conceitos básicos de democracia, equidade, como a necessária representação política para enfrentamento ao racismo.

Compondo a mesa de abertura dentre outras autoridades estava o vereador Waldir Pires que em sua fala  abordou o tema democracia  como ferramenta imprescindível para a construção da igualdade: "A democracia- acrescentou- é uma aspiração a ser conquistada no que concerne  a igualdade, principalmente a igualdade racial."

Chamado de Doutor Waldir no meio político e reconhecido como ícone na política brasileira, o vereador foi extremamente aplaudido pelo público presente ao Seminário-notadamente composto pela comunidade baiana.

Com o golpe de 64, Waldir Pires foi perseguido e obrigado a exilar-se na França. Voltou ao Brasil na década 70 e, depois de participar decididamente das campanhas políticas, retornou à Bahia em 1979, onde se colocou como principal líder das oposições. Em 1986, foi eleito governador da Bahia”.

Ainda segundo, o vereador Waldir Pires: “A democracia foi sempre claudicante em todas as partes do mundo. “A democracia foi muitas vezes formal e mentirosa”.

Apesar das  falas  institucionais grandiosas, o Seminário da SEPPIR  foi permeado pelas inquietações do público em relação a vulnerabilidade de inúmeras questões  , tais como a política inconclusa para os quilombolas, como também  a  não-implementação da Lei   nº 10.639/03, que como a SEPPIR completou dez anos no ano de 2013.  

Como bem o disse Valdeci Nascimento, a representante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial,na Bahia: "A conferência é um espaço para sociedade civil cobrar o que nos é devido. Precisamos de respostas mais imediatas."

Teremos?

O Instituto Raízes de Áfricas e a Coordenação Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnia do SINTUFAL marcaram participação  de Seminário da SEPPIR como representação da  sociedade civil, em Alagoas.

 

 

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