Protagonismo político cidadão: exerça-o

20/03/2013 17:53 - Fleming
Por Alexandre Fleming
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Vejo muita reclamação e pouca prática. Temos inúmeras barreiras políticas, econômicas e sociais para serem ultrapassadas, evidente. Não estamos de todo tão mal, tampouco, sequer já alcançamos a plenitude de direitos, liberdades e garantias. Ainda somos um país com diversas contradições, contrastes e desigualdades.

A democracia no Brasil é um instrumento muito importante e conquistado através de muitas lutas. Vivemos novos tempos, porém nossas jovens instituições e regras democráticas são insuficientes – ainda que modernas e avançadas – pois de nada adianta tê-las, tal qual a um equipamento sofisticado, senão soubermos fazer bom uso delas. Manuseá-las com o povo e em favor do povo.

Logo, é a nossa prática política cotidiana, permanente, fiscalizadora e focada na melhoria da vida em sociedade quem consolidará nosso futuro.

Política, futebol e religião se discutem sim e desconfie de quem diz o contrário...

Precisamos fazer uma reforma política, amadurecer nossa relação com os processos eleitorais e assumir papel protagonista na vida política brasileira. Nosso voto tem consequência e é preciso reconhecer que nossa responsabilidade não se resume ao exercício do sufrágio de dois em dois anos.

Em um país que vivenciará, em breve, copa do mundo e olimpíadas e que provoca a morte de adolescentes em competições internacionais, debater largamente sobre futebol é uma necessidade: calendário, gastos públicos com obras, violência nos estádios, estatuto do torcedor, preço de ingresso e articulação entre esporte e educação. É o mínimo que temos a fazer.

Frente à existência de um país laico, republicano e democrático, que papel cumpre uma pessoa homofóbica, machista e racista presidindo a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal?

Ao debate! Mãos a obra! Ao trabalho!

Ninguém isoladamente vai resolver nossos problemas, nenhum partido ensinará o que é ética, compromisso social, tampouco, serão alguns parlamentares especiais que mudarão a lógica econômica que rege a realidade brasileira. Casas legislativas ativas, vivas, plurais e democráticas surgirão como fruto da nossa prática política para além do voto. São importantes, imprescindíveis, entretanto, somente quando o nosso protagonismo político cidadão despertar viveremos nossa maturidade política.

Estou no twitter: @fleming_al

 

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