Aos que gostam de xadrez e de política, vale observar a interessantíssima capa do jornal A Semana (de responsabilidade do amigo e jornalista Luis Vilar que responde por sua editoria geral).

Observem que o título da matéria é: "Caciques mobilizam xadrez para 2014 e antecipam discussões" e, complementando a chamada, algumas fotos de políticos alagoanos (Collor, Renan, Nonô, Teotônio e Biu) ao lado de um tabuleiro de xadrez.

O fato que quero chamar atenção é que não existe, ao menos na capa, a hipótese de uma candidatura de esquerda, centro-esquerda ou que aglutine setores progressistas da sociedade alagoana em contraposição aos tais caciques. Até aí tudo bem, pois as articulações desse campo ainda parecem estar engatinhando e/ou, em alguma medida, com alguns setores desse campo alinhados ao projeto do lado de lá, subservientes e totalmente secundários.

Ainda assim, para quem consegue observar para além da obviedade, percebem que no tabuleiro de xadrez que compõem a capa, ao menos uma peça se destaca das demais - o peão. Enquanto isso, torres, rainha, bispos, rei e cavalos estão caídos no mesmo tabuleiro.

Equivocados enxergam nessa peça, apenas um peão. E a não obviedade da política, junto a um cenário favorável, podem levar ao fim do tabuleiro essa peça desacreditada pelos incautos e calejados, presa às “velhas estratégias”. E, ao cruzar a linha final, o que antes era visto com desdém se transforma na peça decisiva, fatal. Xeque-mate!

É isso amigos, um olhar para além do dito... Creio que esse peão, exposto na imagem do tabuleiro de xadrez expressa o vácuo político a ser ocupado. Apesar dos "caciques", 2014 pode ser o ano do peão! 

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