Câmara afasta prefeito e seu vice em Estrela de Alagoas. Vereadora assume

04/02/2013 15:33 - Edmilson Teixeira
Por Redação
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Prefeito de Estrela de Alagoas, Arlindo Garrote (PP) e seu vice, José Teixeira, ambos detidos em Maceió desde o último dia 25, formalizaram afastamento da prefeitura nesta segunda-feira, por um período de três meses de licença; só que os 11 vereadores por unanimidade, durante uma sessão no início da tarde resolveram afastá-los por 90 dias.

Com essa atitude, quem assume o comando de Estrela de Alagoas, é a vereadora Elza Moura (PP) pelo fato dela presidir a Câmara Municipal. Elza por sinal é cria política da família Garrote e está à frente da Câmara pelo terceiro mandato consecutivo.

Há quatro anos Elza Moura chegou a ser prefeita por 90 dias; período em que TRE/AL cassou o diploma da então prefeita eleita em 2008, Ângela Garrote. Houve outra eleição já em 2009, quando aí Ângela conseguiu eleger seu candidato ‘laranja’, José Almerino da Silva.

O recém eleito prefeito Arlindo Garrote que também é presidente do Cigip (Consórcio Intermunicipal para Gestão de Iluminação Pública) eleito por aclamação no dia 21 do mês passado, se encontra preso na Academia de Polícia Militar, no Trapiche; enquanto que seu vice, José Teixeira, está na Casa de Custódia da PC, no Jacintinho.

A ex-prefeita do município e mãe de Arlindo Garrote, Ângela Garrote, também está presa. Arlindo Garrote é apontado pelo Ministério Público como líder de um esquema fraudulento que desviou cerca de R$ 1 milhão dos cofres do município. Mais cinco ex-secretários municipais estão também presos. Todos acusados de participação desse crime, ocorrido há cerca de seis anos.

Além dessa bronca, o novo prefeito de Estrela, Arlindo Garrote foi indiciado no último dia 29, pela Polícia Federal acusado em dois crimes cometidos no sábado que antecedeu o domingo da eleição de outubro passado: formação de quadrilha e desobediência.

Na ocasião o delegado que acompanhava as eleições na região, Felipe Correia, e sua equipe investigavam crimes eleitorais. O prefeito e outras três pessoas, também indiciadas, foram flagradas usando radiocomunicadores de forma clandestina e seus veículos estavam bloqueando a estrada na saída da cidade. O delegado entendeu que, além da prática clandestina os acusados criaram obstáculos para o cumprimento do mandado de busca e apreensão, à época, expedido pelo juiz da 10ª Zona Eleitoral.

Naquela ocasião, Arlindo Garrote estava sendo investigado por compra de votos. Segundo a PF, no seu veículo foram encontrados santinhos e uma quantia em dinheiro, que pode ter sido usada para o crime eleitoral.

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