Entre um trago do cigarro fortuito ( para quem fuma) o passo de frevo, ( para quem freva) e a alegria momesca vale um reflexão tendo como base o artigo abaixo que nos traz José Ricardo D' Almeida, lá do Rio de Janeiro. Um amigo no facebook:

A cultura negra já é cultura de massa desde o primeiro samba gravado. O carnaval consagrou o samba não só como divertimento de massa como também redefiniu essa tradição.
Ao adaptar-se ao carnaval através das escolas de samba, o negro "negociou" sua integração social como produto cultural.
O mesmo para os "mestres" do Jongo e do Maracatu ou da Capoeira e que perdura sobre as Velhas guardas do Samba.
A penetração da classe média, o embranquecimento das formas culturais negras, a perda ou afastamento do negro produtor da sua cultura, etc., são os efeitos inevitáveis da penetração da lógica cultura de massa e espetacularização da cultura negra regido pelo que Fanon (Peles Negras...) observou dizendo que há uma demanda pelo negro, desde que adaptado ou representado pelo branco.
Será o * Afródomo um movimento diverso se constituindo numa cultura negra para negros ou numa cultura negra para brancos e negros com apropriação da renda produzida.
Em outras palavras, será somente o espetáculo, recentralizado numa arena ou é um quilombo.

• O Afródromo é um novo espaço alternativo dedicado a blocos afros e afoxés, idealizado para o bairro do Comércio, em Salvador /Bahia. O local contará com 2,5 quilômetros de extensão, com início no Moinho de Salvador, situado na Avenida da França. Os desfiles serão no domingo, segunda e terça-feira de carnaval. A proposta é dar maior visibilidade aos blocos afros.

Fonte: José Ricardo D' Almeida
https://www.facebook.com/josricalmeida