Os municípios de Taquarana e Junqueiro receberam, na terça-feira (29), a visita de uma equipe da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os técnicos foram guiados pela coordenação do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) e pelo gestor do APL mandioca no Agreste, Nelson Vieira, aos povoados que receberão duas minifábricas para a produção de sequilhos e bolos à base de goma.
As associações Mutamba Torta, localizada em Junqueiro, e Riachão, em Taquarana, receberão as unidades de produção em suas dependências. A implantação das minifábricas será realizada com recursos da Codevasf, por meio do programa Brasil Sem Miséria, na linha de inclusão produtiva. O que foi visto nos dois municípios impressionou os visitantes da companhia. De acordo com Nelson, o projeto foi muito elogiado.
“O relato deles, durante a visita, foi de muita satisfação. Depois de conversar com os associados e verificarem a localidade e se tudo estava dentro dos conformes, eles puderam constatar que o nosso trabalho é comprometido e vai beneficiar muita gente. Esse projeto tem um víeis social, econômico e ambiental, foi pensado com muito cuidado para atender, de fato, as necessidades dos nossos produtores”, ressalta Nelson.
Os dados iniciais apontam para o beneficiamento direto de cerca de 70 famílias, mas Nelson frisa que a quantidade de pessoas favorecidas depois que as minifábricas estiverem em funcionamento será muito maior. “Nós não podemos dar números exatos agora, mas a estimativa é de que mais de 300 pessoas sejam atingidas positivamente por esses projetos. Não só quem produz a mandioca ganha, a população do entorno é beneficiada também”, explica Nelson.
Com a previsão de produção avaliada em torno de 100 a 150 kg por dia, a previsão da Companhia é de que as minifábricas sejam entregues ainda esse ano. Os técnicos afirmaram que a celeridade de análise dos processos está garantida. “Eles nos deram um prazo de uma semana para que os nossos projetos descritivos sejam enviados. A partir dessa data de envio, vamos aguardar a resposta deles, que deve ser dada em até um mês. No mais, estamos confiantes porque pudemos perceber que eles gostaram muito do que viram”, relata Nelson, encorajado com o resultado da visita.
Outros projetos em andamento
Na programação da visita, os técnicos tiveram ainda contato com um novo projeto, que se encontra em fase de elaboração para submissão. A equipe conheceu a fecularia de Arapiraca, que funciona como uma unidade de padronização e empacotamento de farinha. O objetivo do APL é pleitear o apoio da Codevasf no financiamento de alguns equipamento para transformar esse espaço em um produtor de goma úmida, massa puba, polvilho doce e azedo.
Outro ponto positivo da vistoria foi a solicitação da companhia de um levantamento dos equipamentos necessários para a execução dos trabalhos em campo. A lista será entregue até a semana que vem e deve resultar na aquisição de itens básicos da atividade, como machados, até os mais sofisticados, como tratores e plantas mecânicas.
“Eles gostaram do nosso empenho e essa iniciativa é uma prova concreta disso. Toda a região que compõe o APL será mapeada nos próximos dias e esse levantamento vai ser entregue e submetido a um pregão eletrônico, que vai disponibilizar esses itens a custo zero para os nossos agricultores”, garante Nelson.
Para a diretora de APLS da Seplande, Fátima Aguiar, esse será um ano decisivo para o setor produtivo da mandioca. “Além dessas minifábricas já estão previstas outras ações, outras propostas de projetos. Todas elas devem ser executadas ainda esse ano com o objetivo de trabalhar toda a cadeia produtiva da mandioca, diversificando o produto comercializado pela nossa cadeia, que já procura fugir do comum há bastante tempo”, conclui.