A falta de fiscalização é o principal problema na rede de saúde de Maceió. Essa é a afirmação da vereadora Heloísa Helena (PSOL) ao falar sobre a crise enfrentada pela Maternidade Escola Santa Mônica. O fechamento de maternidades contratadas pelo governo federal – onde os leitos não são utilizados – durante o final de semana culmina com o caos na unidade de saúde.

“Tem uma rede (particular) contratada para o serviço. Chega ao final de semana fecham as portas e esquece-se de combinar com as crianças que não devem nascer. Não existe ainda a fiscalização, o monitoramento e o controle, para que o serviço contratado seja efetivamente feito. Se você contrata alguém para fazer um serviço na sua casa, se você paga, você não cobra a qualidade no serviço?”, disse a vereadora.

A vereadora afirmou que não é contra a criação de uma maternidade de baixo risco em Maceió, mas que a construção levará pelo menos quatro anos, enquanto que, hoje, se houver fiscalização, os leitos disponíveis são suficientes para atender as gestantes maceioenses.

Outro problema recorrente é a vinda de gestantes do interior para serem atendidas na capital, o que acaba provocando a superlotação nos hospitais. “Tem que fiscalizar, porque quando acontece a crise (na Santa Mônica) que a imprensa cobra, esses hospitais conveniados correm para arrumar pacientes. Se for à Santa Mônica 15 dias depois estão lá somente as gestantes de alto risco”, disse a vereadora, que espera a realização de um mutirão para poder zerar o número de pacientes que esperam atendimento na oncologia.

Heloísa Helena respondeu ainda, durante entrevista nesta quarta-feira (23) ao programa Cidadania, do radialista França Moura, questionamentos relacionados a seus projetos, além do orçamento de 2013 para Maceió.

Orçamento

O orçamento da prefeitura de Maceió para o exercício de 2013 também foi pauta da entrevista. A vereadora afirmou que entende a demora, pois os problemas são grandes e que fiscalizará a verba pública a ser aplicada.

Heloisa afirmou já ter feitos suas emendas, para garantir a viabilidade dos seus projetos em benefício da população mais carente. Um deles seria a criação de um centro de arte e cultura nos 10 pontos mais violentos da capital alagoana, segundo o Mapa da Violência, para dar outras opções aos jovens e tentar mudar essa realidade na terceira cidade com o maior número de assassinatos de jovens do mundo.

Marina Silva

Heloisa negou que será candidata a vice-presidente na chapa de Marina Silva, mas promete que irá ajudá-la a ser uma opção para os brasileiros em 2014, “com a mesma generosidade que todos tiveram na criação do PSOL”.

“Ter a coragem e a ousadia de criar um novo partido é importante. Então vamos ajudá-la em tudo que for possível. Com certeza eu estou mais preocupada em ajudá-la a construir essa estrutura partidária do que ocupar a chapa na condição de vice”, finalizou.