2014 e o possível "mais do mesmo"

21/01/2013 18:06 - Fleming
Por Redação
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Na lógica inversa do fluxo político em vigor há mais de uma década no país, em linhas gerais consolidados através de um projeto contraposto aquele que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso encampou durantes seus dois mandatos à frente da presidência da república (1995 - 2002), o Estado de Alagoas vivencia, estranhamente, uma “hegemonia tucana”.

Nem George Novack e a sua lei do desenvolvimento desigual e combinado conseguem explicar todos os reverses da política em Alagoas. Como justificar tal hegemonia político-econômica e o pífio papel das forças progressistas?

O Governador Teotônio Vilela Filho, desde 2007 à frente do Palácio dos Palmares, passa a contar agora com as rédeas da prefeitura da capital alagoana, através do prefeito Rui Palmeira.

As análises colocadas para 2014, em geral, justificam a cegueira – é quase um “consenso” que o PMDB levará a contenda do executivo estadual (Renan Calheiros, Renan Filho ou Luciano Barbosa). Será? Seus adversários, segundo muitos “especialistas” seriam o atual vice-governador, José Thomaz Nonô (DEM), o senador Benedito de Lira (PP) ou o senador Fernando Collor (PTB).

Com as mãos na máquina administrativa do Estado e, a partir de agora, também da capital, é, no mínimo, ingenuidade achar que o PSDB entregaria de mãos beijadas as chaves do Palácio ao PMDB e Cia. “Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia”, como diria Shakespeare.

A maioria dos “enxadristas” de plantão supõe que a “disputa” passaria ao largo, num confronto que visa tornar a eleição ao Senado Federal plebiscitária. Logo: Fernando Collor versus Teotônio Vilela. Ao PMDB caminho livre, sem obstáculos. Afinal, reza a lenda que Renan Calheiros e Teotônio Vilela farão uma “aliança branca” e o acordo rompido anteriormente já teria sido renegociado.

Quanta imaginação. Não?!

Aos partidos progressistas resta a pergunta: o que podem fazer para retomar o protagonismo político e apresentar uma terceira via ao senado, assim como, evitarem que o governo do Estado seja “(re)negociado”, passando o sufrágio universal a condição secundária, coadjuvante?

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