A decisão em caráter liminar do presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em vetar momentaneamente empréstimos da Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Alagoas, foi uma espécie de vitória para a bancada de oposição ao governo, na Assembléia Legislativa, que através do deputado Judson Cabral (PT), considera o pedido de empréstimo um desespero, visando as eleições de 2014.
Faltando apenas dois anos para o final do mandato do governador Teotônio Vilela Filho, que é pretenso candidato ao senado em 2014, a insistência no pedido do empréstimo teria caráter político, segundo Cabral.
“Não adianta fazer um pedido de empréstimo pensando à longo prazo, já que o atual governador deixa o cargo em dois anos. Parece ser uma coisa pensada, mais precisamente em 2014, quando teremos eleições para o senado”, disse.
Segundo o parlamentar, a decisão do presidente do STF, que foi baseada no relatório do Banco Central, “bateu na mesma tecla” que a bancada de oposição, que desde o início das especulações do empréstimo, se mostrou contra a negociação.
“Não sou contra o desenvolvimento do Estado, mas tudo precisa ser feito de forma minuciosa e segura. Entra governo e sai governo, muito se fala em plantar sementes e o débito do de Alagoas só aumenta”, afirma.
A decisão que impede o governo em negociar um empréstimo em torno de R$ 1,079 bilhão, ainda será levada para votação em plenário, quando os ministros do STF voltarem do recesso, no mês de fevereiro. Tudo isso, por conta do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sendo assim, o Estado, que tinha previsão de liberação de crédito R$ 219,50 milhões no ano passado e R$ 859,7 milhões este ano, terá de aguardar a votação da alta cúpula da justiça nacional.