Alagoas amanheceu com um novo caos na saúde pública nesta terça-feira (11). Cobrando a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a realização do concurso público para diminuir para que seja diminuída a sobrecarga, os servidores paralisaram 100% dos serviços nos Mini-Pronto Socorros e no Hospital Geral do Estado (HGE), apenas 30% estará em atividade.

Em entrevista ao programa “Correio da Tarde” da Rádio Correio Am1200, o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellington Galvão, afirmou que, mais uma vez o governo deixou a categoria de lado.

“É notório o descaso do governo com relação a saúde. Tínhamos conversas em pauta e tentos planos e simplesmente fomos esquecidos. Temos quase a metade dos médicos atuando, se comparando há alguns anos atrás, isso é inadmissível”, afirmou.

Mantida a paralisação, os tradicionais Mini-Pronto Socorros espalhados pela cidade, como Noélia Lessa na Ponta Grossa, João Fireman no Jacintinho, Assis Chateaubriand, entre outros, estarão sem funcionamento durante na paralisação.

No Hospital Geral do Estado (HGE), principal unidade de saúde pública de Alagoas, o atendimento se rá de apenas 30% do efetivo, que estará atendendo apenas casos de urgência e emergência.

Durante a terça, reuniões devem acontecer entre o secretário de gestão pública, Alexandre Lages, o secretario de saúde, Alexandre Toledo, juntamente com o governador Teotônio Vilela Filho, para discutir a situação, colocando em pauta principalmente a alteração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores da saúde.

Apesar das cobranças e da paralisação, a Secretaria de Estado da Saúde afirma que mantém um canal aberto de negociações com a categoria. O secretário de Saúde destaca que, desde o início do primeiro mandato do governador Teotonio Vilela Filho, a Sesau vem honrando os acordos firmados com o Sinmed/AL. Apontando que em 2008 foi concluído o pagamento do aumento referente a 40,81%, conforme a Lei 6.881, aprovada em 2007 pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE). Toledo lembra que, há dois anos, o governo do Estado vem concedendo reajuste salarial com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que corresponde a 7%, que é resultado da implantação de uma política de reajuste salarial, anteriormente inexistente.

Uma assembleia da categoria dos médicos será realizada na noite desta terça-feira, provavelmente com uma proposta do governo do Estado, para encerrar a paralisação. No entanto, as reuniões no decorrer do dia irão confirmar os rumos da paralisação.