O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é favorito para substituir o atual presidente tucano Sérgio Guerra (RN). O PSDB terá a definição do novo comando da legenda, em maio do próximo ano. Mas, há ao menos dois grupos paulistas bastante antagônicos a serem pacificados. Ou, melhor, contemplados ao máximo possível. Uma ala é a do deputado José Aníbal, que se "bica" ardorosamente com uma outra liderada por José Serra. É imprescindível serenar muitos ânimos para a busca da fundamental unidade partidária. E Aécio sabe disso, pois carrega o DNA e os ensinamentos de um dos mais hábeis articuladores da história da política nacional, Tancredo Neves. Após se consolidar no comando do PSDB, com o controle, dentro do possível, das tendências de plumas mais eriçadas, Aécio deverá alçar vôo para percorrer o País. Com o firme propósito de dar continuidade à costura de alianças regionais. Também reforçar a imagem de virtual candidato à Presidência da República em 2014, dando ênfase às regiões Norte e Nordeste.

Entretanto, no PSDB, há uma peculiaridade. Os insatisfeitos da vez, se mobilizam, mesmo depois de uma questão fechada na cúpula. Ou seja, nos bastidores tem bastante dificuldades para manter os bicos fechados. Ao contrário do que acontece no PT, que, depois de uma definição, tradicionalmente as tendências tem uma atitude convergente. Essa uma grande vantagem do PT em relação PSDB. E um dos desafios de Aécio.

A expectativa, por parte dos aliados de Aécio, é a de que ele passará por todas essas provas de fogo. Espelhando o candidato novo com propostas traduzidas em projetos políticos pertinentes e exequíveis. Em sintonia com os reais anseios da sociedade brasileira.