Produtores de leite de Alagoas apresentam reivindicações no Senado com Biu de Lira

04/04/2013 17:08 - Brasília em foco
Por Rudiney

Logo após a audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, que discutiu a crise na cadeia produtiva do leite em todo país, representantes de produtores de leite de Alagoas participaram de uma reunião privada para debater a situação específica do Estado que sofre com a maior estiagem dos últimos 30 anos. De acordo com dados da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), a produção de leite já caiu 72%.

Entre as reivindicações apresentadas estão a abertura de linhas de crédito com juros baixos e prazo para o plantio de palma, extensão das condições de financiamento oferecidas à agricultura familiar para pequenos e médios produtores e a revitalização e construção de barragens.

“A situação tende a se agravar a cada dia. Não tem água, não tem mais palma para alimentar o rebanho que está sendo dizimado. A economia das cidades que sobrevivem do leite está sendo afetada. Precisamos de ações emergenciais e estruturantes que garantam a convivência com a seca. A audiência pública foi válida, mas temos que trazer a discussão para os desafios da realidade nordestina”, revelou o presidente da ACA, Domício Arruda Silva.

Os produtores foram recebidos pelo presidente da CRA, senador Benedito de Lira (PP-AL), e pelo presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, e presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo San´t Anna Alvim. Também participaram do encontro representantes de Pernambuco, o secretário de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas, José Marinho Júnior, o presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas, Aldemar Lima Queiroz Monteiro, e o SEBRAE Alagoas.

Benedito de Lira deve propor uma reunião exclusiva da CRA para discutir a pecuária de leite e os impactos da seca no Nordeste para cobrar ações das autoridades competentes. Ele pediu que o segmento apresentasse uma pauta de ações que podem ser adotadas a curto, médio e longo prazos e se comprometeu a buscar soluções, principalmente, no Governo Federal.

“Se produzir leite no país está complicado conforme os relatos da audiência, ser produtor no sertão é literalmente tirar leite de pedra. Não consigo compreender como os rebanhos morrem de fome e sede na sexta economia do mundo. Não existe política de Estado, nem de governo para a convivência com a seca”, destacou o senador.

 

Com assessoria

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