Os médicos lotados nas unidades de saúde pública ligadas ao estado prometem cruzar os braços a partir da semana que vem. A informação foi dada ao CadaMinuto pelo presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Simed) Wellington Galvão. “A situação dos médicos é uma vergonha. O estado não respeita os profissionais da saúde. Estamos cansados”, revelou o
Decididos a não se submeter aos baixos salários pagos pelos serviços prestados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Maternidade Escola Santa Mônica (Mesm) e na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), os médicos intensivistas já entregaram à direção dos respectivos hospitais suas cartas de demissão coletiva.
A diretora da Mesm, Rita de Cássia e a diretora do HEHA, Luciana Pacheco informaram que até o momento os serviços estão funcionando normalmente. Galvão informa ainda que os profissionais deram um prazo de trinta dias para fechar totalmente as portas das UTI´s.
O gabinete da reitoria da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) informou que até o momento não chegou nenhum documento oficial com os pedidos de demissão ou reivindicações da categoria. E informou ainda que com os documentos em mãos chamará os representantes das categorias para ir em busca das soluções ao pleito.
Galvão comunicou que haverá outra assembléia da categoria e caso não haja nenhum posicionamento do governo todos os médicos lotados nas unidades de saúde pertencentes ao estado irão para suas atividades por tempo indeterminado. “Só manteremos os 30% de serviços obrigados por lei nas unidades de emergência como o HGE, Samu, Mesm e Hemoal”, reforçou Wellington Galvão.
A categoria reivindica a implantação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) entre outros pontos. “Médicos com 20h estão recebendo salários de R$ 1.600 e isso é vergonhoso. Os profissionais trabalham sobrecarregados. Não podemos mais permitir isso”, disse Galvão.